Cometi o erro FATAL de ignorar o tempo. Não o fiz porque queria, não, a vida é assim e ninguém pode mudar isso de um dia para o outro. Não venha dizer-me que ainda não ocorreu para você, ou já aconteceu com você, nós sabemos.A gente sempre pensa que o tempo e nós andamos juntos, unidos e que somos inseparáveis. Não é, não! Se você é jovem, está acompanhando seu tempo de acordo e à galope como o tempo tem andado ultimamente, mas se já caminhou como eu já caminhei sabe exatamente e quando percebeu que o ignorou. Não possuo habilidade e conhecimento científico para expor e falar sobre tempo e sinceramente penso tempo sob dois ângulos de visão. Há o tempo temporal científico e o tempo pessoal paralelo a ele, é assim que consigo, no momento, descrever e não vou parar o texto no exato momento que o escrevo para pesquisar sobre, ou usar linguagem acadêmica, muito menos palavras rebuscadas. O que refiro-me aqui é exatamente isso, apesar de sempre estar envolvida com os jovens,tendo filho jovem, trabalhando,ensinando e, assumidamente confessando que aprendi e aprendo muito com eles, tenho andado um pouco assustada. Digo isso, porque a mídia anda trazendo-me amostras de atitudes liberadas e liberais do meio jovem explorados em programas chamados "reality show". Já, há muito, havia desistido de assistir canais abertos televisivos, prefiro TV à cabo, porque sou cinéfila. Por curiosidade liguei na referida emissora do "reality", com jovens de lindos atributos físicos, para poder trocar ideias com os meus jovens amigos; causou-me espécie assistir uma festa regada com iguarias finas, bebidas, dança e muita sedução. As jovens estavam todas, ou quase todas bêbadas, atirando-se para cima dos jovens causando inveja aos mais afetados bordéis que aparecem nesses filmes cinematográficos. Nada mais grotesco do que assistir uma mulher embriagada lançando jatos de vômitos e palavras de baixo calão em gargalhadas debochadas. Senti vergonha! Os jovens pareceram-me mais contidos.
Não sou pudica, ou qualquer outro sinônimo que caracterize o mesmo. Minha adolescência iniciou na época que os jovens do país protestavam e rebelavam-se contra o autoritarismo militar, a rigidez dos pais e os tabus que envolviam o sexo. No mundo iniciava-se uma geração chamada de "Paz e Amor", as mulheres pregavam seus direitos de igualdade com os homens profissionalmente e aonde houvesse discrepâncias entre macho x fêmea. Frequentavam festas, fumavam cigarros e o sexo já estava liberado, a tão decantada virgindade era opcional, íntima individual. Acompanhei a evolução e o crescimento dessas novas ideias, sou extremamente alegre por natureza, adoro dançar, cantar, enfim tudo que me satisfaça como indivíduo. Sou despretensiosa de pudores, meus jovens me tratam de igual para igual, apesar de algumas marcas no rosto, pelo tempo.
Finalmente, voltando ao fechamento da ideia iniciada digo que estou perplexa com a desvalorização do sexo feminino. A mulher, hoje representada pelas jovens do programa citado, são aberrações do ideal que a minha geração pregou. Está havendo um declínio moral desenfreado da jovem como figura feminina que, apesar da suas escolhas pessoais, deveria continuar com aquele encanto misterioso que conquista sem insinuar, que escolhe sem demonstrar, que faz sexo como se fosse dançar uma linda música clássica romântica. Se os jovens amigos me perguntarem o que penso sobre o programa, apenas direi : cometi o erro FATAL de ignorar o tempo.(elpis)
sábado, 26 de janeiro de 2013
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
quinta-feira, 24 de janeiro de 2013
Cisma
Sinto saudades de mim !
sinto saudades do que fui,
sinto saudades dos meus sonhos realizados,
sinto saudades dos sonhos frustrados,
dos abortados, dos inacabados, dos prometidos.
Principalmente,
sinto saudades dos que ainda realizarei !
Se estou aqui, quero estar lá.
Vagueio e dou voltas
sobre mim...
Procuro-me e me encontro,
acho-me e me perco!
Quando penso que me conheço,
encontro-me com uma estranha.
Falam e não ouço,
ouço o que não falam.
Penso e penso muito.
Pergunto e quero respostas.
Busco e busco profundamente,
a ousadia
de poder me
ACEITAR !(elpis)
sinto saudades do que fui,
sinto saudades dos meus sonhos realizados,
sinto saudades dos sonhos frustrados,
dos abortados, dos inacabados, dos prometidos.
Principalmente,
sinto saudades dos que ainda realizarei !
Se estou aqui, quero estar lá.
Vagueio e dou voltas
sobre mim...
Procuro-me e me encontro,
acho-me e me perco!
Quando penso que me conheço,
encontro-me com uma estranha.
Falam e não ouço,
ouço o que não falam.
Penso e penso muito.
Pergunto e quero respostas.
Busco e busco profundamente,
a ousadia
de poder me
ACEITAR !(elpis)
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
Mulheres
É difícil para uma mulher reconstruir-se, após um desastre amoroso. Mulher é essencialmente emocional, tem um jeito especial de entregar-se ao amor esquecendo-se que o amado é diferente, porque essencialmente racional. Mulher pode trocar várias vezes de amado, mas vai continuar amando do mesmo modo, jeito e maneira. Mulher é teimosa e autêntica! Não devemos negar que há vários modos do ser humano amar, entretanto temos de reconhecer que há maneiras suspeitas de amor masculino. É
nesse momento que a mulher começa a lançar mão da já tão famosa
"DR"(discutir a relação), das quais o amado faz tanta questão de fugir. O amor do homem é direcionado ao seu próprio "estar bem" em todos os setores práticos da sua vida e, por último se há uma mulher que o ame ótimo! Se percebe que está sendo muito questionado sobre a sua relação com a amada, foge e furtivamente, parte para uma nova conquista para garantia que, "se for saltar fora não cairá no vazio"!
A mulher é lindamente exposta no amor! Minha opinião pessoal, (se for válida mostrá-la) é de que nada vale amar ao extremo ao ponto da mulher cair no vazio da humilhação pessoal e perder o respeito por si e à individualidade do amado. É bom amar e ser amada,tentar erguer com extenuação o que já está desabando é infinitamente destrutivo ao amor, o rebaixamento pessoal provoca tédio no amado. Nada pior do que o tédio e a falta de admiração em um relacionamento. Pode-se, muito bem, continuar amando, porém abandonando o que não mais nos convém. Troca saudável é adubo para o amor, se não há envolvimento mútuo, desistir é o mais admirável.
Há muito tenho esse escrito guardado na memória:
" Nisto consiste o amor:
Que duas solidões se protejam
Se toquem mutuamente
E se cumprimentem."(Rilke)
Mulher quer colo e um ombro, há homens que também; basta sintonizar! (elpis)
A mulher é lindamente exposta no amor! Minha opinião pessoal, (se for válida mostrá-la) é de que nada vale amar ao extremo ao ponto da mulher cair no vazio da humilhação pessoal e perder o respeito por si e à individualidade do amado. É bom amar e ser amada,tentar erguer com extenuação o que já está desabando é infinitamente destrutivo ao amor, o rebaixamento pessoal provoca tédio no amado. Nada pior do que o tédio e a falta de admiração em um relacionamento. Pode-se, muito bem, continuar amando, porém abandonando o que não mais nos convém. Troca saudável é adubo para o amor, se não há envolvimento mútuo, desistir é o mais admirável.
Há muito tenho esse escrito guardado na memória:
" Nisto consiste o amor:
Que duas solidões se protejam
Se toquem mutuamente
E se cumprimentem."(Rilke)
Mulher quer colo e um ombro, há homens que também; basta sintonizar! (elpis)
domingo, 20 de janeiro de 2013
" Procure os seus caminhos,
mas não magoe ninguém nessa procura.
Arrependa-se, volte atrás, peça perdão!
Não se acostume com o que não o faz feliz,
revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças,
mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!" (Fernando Pessoa)
mas não magoe ninguém nessa procura.
Arrependa-se, volte atrás, peça perdão!
Não se acostume com o que não o faz feliz,
revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças,
mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar, volte!
Se perceber que precisa seguir, siga!
Se estiver tudo errado, comece novamente.
Se estiver tudo certo, continue.
Se sentir saudades, mate-a.
Se perder um amor, não se perca!
Se o achar, segure-o!" (Fernando Pessoa)
Há sempre um anjo.
Se você está achando o título bizarro, não pense assim. O nosso caminho é povoado de anjos, eles entram na nossa vida sem anunciar a sua chegada, quando vão embora, não dão adeus. Nem sempre eles ficam ao nosso lado em tempo integral. Não são aqueles anjos de asinhas branquinhas, não, são de verdade, por isso, algumas vezes quando meditamos sobre a nossa caminhada por aqui os chamamos de anjos. Eu tive muitos! Graças a Deus, os meus anjos não morreram, estão por aí, seguindo suas vidas ou fazendo milagres para outras pessoas. Outro dia encontrei um deles em uma festa que fui, fiquei tão feliz ao vê-lo que parecia que a festa era minha porque ele ou ela (anjos não tem sexo), foi de grande importância para a minha vida. Os meus verdadeiros anjos, talvez não tenham consciência do valor dos presentes que me entregaram, das alegrias que me deram ou do aprendizado que me deixaram, tampouco vou dar-lhes nomes. Hoje resolvi que faria bem homenageá-los até como uma forma espiritual de elevar o meu agradecimento a Deus que sempre foi tão justo e amigo. Não vou citar, em ordem cronológica, suas entradas em minha vida, porque todos tiveram seu lugar de importância.
Ultimamente tenho sempre ao meu lado um anjo que fez-me retornar ao caminho que havia perdido. Sou uma daquelas pessoas de mente agitada e que precisa diariamente de alguns pequenos minutos para afastar-se do barulho e voltar-se para dentro, ou seja, eu necessito de algum tempo, pequeno que seja, para meditar e reorganizar os meus pensamentos. Não entendo porque havia abandonado esse hábito, sinto-me novamente revigorada e energizada para atender toda e qualquer demanda, revendo os meus passos com enfoque sempre em um novo prisma, sem achar que a vida é um grande fardo. Voltei ao meu hábito antigo, estou plena e satisfeita novamente e, se tropeçar e cair no poço é um um ótimo sinal, ao levantar-me depararei com a minha nova alma, tal qual a Fênix. Retornei na hora certa, nas mais recentes viagens que fiz através da minha mente descobri que antes eu não havia descoberto tudo sobre mim, faltavam dois itens importantes e nos dois me aprofundei para medicá-los.
O primeiro anjo que conheci, era lindo que só vendo, continua muito lindo, eu era criança e ele me protegia nas minhas noites de temores e terrores noturno, poderia até nomeá-lo, não farei, tenho a certeza que o nosso vínculo é tão forte, que lerá este texto e se identificará. Era um anjo jovem que me ouvia chorar de medo quase que diariamente e embora nós dois sofrêssemos pelo mesmo motivo ao ponto de não suportarmos tantas desavenças, gritos e algumas vezes sermos acordados com tiros de revólver no ambiente que vivíamos, ele ainda reunia forças para acalmar-me, algumas vezes rezávamos juntos, outras me levava para a sua cama e abraçáva-me para dar-me conforto.
Alguns meses atrás tive contato com o anjo 'presenteiro' ele deve saber que eu o trago guardado em meu coração e minha estima por ele é verdadeira. Veio, encheu minha casa de presentes que para ele tinham valor íntimo e sentimental e afastou-se. Eu o amo e ele está sempre presente em minhas meditações, não pelos presentes materiais, os quais trato com respeito e carinho como se os presentes ainda fossem dele, mas, pela nossa identificação e postura como vemos e levamos a vida.
Nem só de harmonia convivo com os meus anjos, o que me refiro agora acompanha meus passos quase que diariamente, porém, quase sempre entramos em discordâncias e atritos, nossas idéias se chocam constantemente. Nos conhecemos há quase quarenta anos e é o meu anjo amigo. Sempre peço a Deus para que esse anjo me perdoe e que eu própria me perdoe quando a intolerância aproxima-se de mim. Esse anjo foi um grande anjo da guarda, fizemos juntos uma grande caminhada e ele andava comigo para cima e para baixo quando eu iniciava a minha carreira profissional. Ele sabe que lhe sou grata por isso, e quer saber: ele é um ser muito mais iluminado do que ele mesmo possa imaginar.
Quero reverenciar outro grande anjo que tive. Não estamos mais sempre juntos, porém, dele eu jamais irei esquecer e sempre está nas minhas orações. Esse anjo vou chamá-lo de anjo das boas vindas. Meu anjo de luz jamais se apagará da minha memória enquanto viva eu for, me deu a melhor e maior alegria realizando a minha felicidade para que eu cumprisse o papel de ser mãe deixando-me outro anjo sempre ao meu lado.
Enfim, todos nós temos anjos ao longo da vida. Alguns deles flutuam, vão, voltam e tornam a flutuar. Um dos meus anjos flutuantes faz-me um bem danado, tem um alto grau de espiritualidade. Sempre que me olha já sabe o que está acontecendo comigo, posiciona-se elevando os meus sentimentos e pensamentos que por vezes chego a imaginá-lo um bruxo. Temos o mesmo tipo de humor e damos boas risadas, quando estamos juntos, parecemos crianças achando motivos em quase nada para darmos boas gargalhadas.
Evidente que muitos outros anjos passaram pela minha vida e ainda passarão, a verdade deve ser clara, não precisamos elevarmo-nos ao céu para encontrá-los, eles estão no nosso meio, entram nas nossas vidas, nos atraem ou somos nós que os atraímos com os nossos pensamentos. Os anjos não voam, caminham, correm, comem e bebem, sentem dores físicas e emocionais, são humanos. Não precisam morrer para atingirem a capacidade angelical, agem com bondade e sabedoria na hora exata entre os seus semelhantes deixando um lindo brilho de luz naquele que eles ampararam. Quisera eu poder imaginar ou saber que em alguma hora eu também pude ser anjo para alguém. Viram, meus anjos, vocês não sabiam !(elpis)
sábado, 19 de janeiro de 2013
Homens...
Há dois tipos de beleza de
homens: homens bonitos e homens neutros. Amo os neutros porque
imponentes de caráter, honestidade, sensibilidade e, o mais importante, muito humor! (elpis)
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
Eu ofereci !
Eu ofereci a você....
a minha mão estendida, ou apertada.
Eu ofereci o meu caminho e
aceitei o seu.
Eu ofereci o meu coração,
e abri-o para você.
Eu ofereci a minha atenção...
(você não foi vigilante).
Ofereci a você o meu carinho.
Apresentei ao meu espírito,
meu riso, minha alegria, minha tristeza.
Eu ofereci minha cumplicidade,
meu ombro e a minha vida.
Francamente lembrando eu nunca me ofereci
como mulher fatal, sensual, interesseira.
Sou mulher de amor e do amor,
Não troco sexo por sexo,
troco sexo com amor !
Eu queria a sua mão, seus poucos momentos de alegria, a sua admiração e a sua ternura.
Eu sempre ofereci mais,
ofereci a minha essência humana.
Eu nunca fui uma escondida, mas
você se escondeu! (elpis)
a minha mão estendida, ou apertada.
Eu ofereci o meu caminho e
aceitei o seu.
Eu ofereci o meu coração,
e abri-o para você.
Eu ofereci a minha atenção...
(você não foi vigilante).
Ofereci a você o meu carinho.
Apresentei ao meu espírito,
meu riso, minha alegria, minha tristeza.
Eu ofereci minha cumplicidade,
meu ombro e a minha vida.
Francamente lembrando eu nunca me ofereci
como mulher fatal, sensual, interesseira.
Sou mulher de amor e do amor,
Não troco sexo por sexo,
troco sexo com amor !
Eu queria a sua mão, seus poucos momentos de alegria, a sua admiração e a sua ternura.
Eu sempre ofereci mais,
ofereci a minha essência humana.
Eu nunca fui uma escondida, mas
você se escondeu! (elpis)
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
O amor é de outro Reino
O amor é de outro Reino. (...) Da amizade, do amor, do encontro de duas pessoas que se sentem bem uma ao lado da outra, fazendo amor, falando de amor, trocando amor, conversando de amor, falando de nada, falando de pequenas histórias código de ministros com aventuras de aventuras sem ministros conversa alta e baixa de livros e de quadros de compras e de ninharias conversas trocadas em miúdos ouvindo música sem escutar música que ajuda o amor o amor precisa de ajudas de ir às cavalitas de andas de muita coisa simples amor é um segredo que deve ser alimentado nas horas vagas alimentado nas horas de trabalho nas horas mais isoladas amor é uma ocupação de vinte e quatro horas com dois turnos pela mesma pessoa com desconfianças e descobertas com cegueiras e lumineiras amor de tocar no mais íntimo na beleza de um encanto escondido recôndito que todos no mundo fizeram pais de padres mães de bispos avós de cardeais amor agarrado intrometido de falus com prazer de alegria amor que não se sabe o que vai dar que nunca se sabe o que vai dar amor tão amor.
Ruben A., in 'Silêncio para 4 ' (Retirado de Citador - via Citador
Madrugadas.
Acho que consigo entender porque os grandes mestres como os poetas, escritores, músicos possuíam tanta sensibilidade.Todas as suas admiráveis criações originavam-se nas madrugadas.Os músicos e poetas boêmios reuniam-se nos bares ao anoitecer e compunham lindas músicas e poemas enquanto bebiam e jogavam conversas fora.Incansavelmente, todas as noites,voltavam às suas casas ao amanhecer.Muitos adoeciam e faziam óbito muito cedo,mas deixaram a beleza para nosso desfrute e deleite.
Alguns dias atrás vi dois artistas conversando sobre o tema da criação.Um deles contava que acordava no meio da noite inspirado de um verso,levantava-se rápido para iniciar um novo trabalho e não perder a inspiração.Criava a letra e depois a música e só pela manhã ia dormir.Casualmente ele é filho do tão inspirado compositor João Nogueira.Por outro lado ela dizia que precisava da vida boêmia para criar e é nos bares com os amigos que suas músicas brotam.Ela é filha de Martinho da Vila,excelente artista.Suas origens,aqui no caso, não tem muito significado,o que quero é comprovar que para os artistas a criação nasce de uma forma magistral,sempre nas madrugadas.
Escrevo este texto pensando em mim e naqueles que,como eu,não temos esta virtuosidade e dons qualificativos dos artistas,somos comuns mortais e que tem as madrugadas como péssima companheira.É nas madrugadas,sempre depois de um breve sono,que somos sobressaltados pelos nossos gritos de socorro.Acordamos e aquele silêncio brutal agiganta os nossos receios,infelizmente, todos de rostos mascarados com tintas de cores berrantes e rostos disformes.Incrível como durante o dia os nossos problemas (porque todos temos um sapato apertado), passam quase que despercebidos,conseguimos empurrá-los de um lado para o outro,mas, na madrugada…. eles não nos perdoam,aparecem bem na hora que estamos vulneráveis, nos acordam e nos dominam como que para vingarem-se de nós que não os encaramos enquanto havia a luz do dia.Na madrugada o que nos parecia pequeno, toma forma descomunal e, o pior, nos faz sentir frios no estômago e mãos suadas.
Existe uma estatística que indica os dias sombrios, os domingos e as madrugadas como o período de maior índice de suicídio.Dá para compreender e concordo que a estatística esteja correta.
Atualmente, há a possibilidade de nos levantarmos e irmos até o computador distrair a nossa mente.Lá deverá estar alguém que também acordou-se com o monstro e se não estiver, temos múltiplas outras coisas para fazer.Melhor isso do que envenenarmos nosso já cansado corpo com remédios para dormir.Gosto de ler, mas, esse não é o momento propício,porque cometeremos um acinte contra o escritor,uma vez que, os gigantes disformes tomam conta do que está escrito e deturpam o trabalho daquele profissional que elaborou o livro com carinho para desfrutarmos de momentos de êxtase.Comentei este fato com uma amiga ela concordou comigo em gênero, número e grau porque o mesmo ocorria com ela e, interessantemente, argumentou que nós éramos privilegiadas e temos a liberdade de optarmos entre distrair-se no computador ou nos envenenarmos com remédios para dormirmos,e as outras pessoas que não tem as opções que temos,o que e como fazem? Não achamos a resposta adequada no momento e partimos para outros assuntos.
Espionando os meus pensamentos sobre a pergunta que ficou no ar,pensei então,que as pessoas menos favorecidas estão tão sofridas pela falta de recursos, de um modo geral, aos seus redores que não dá tempo para elas criarem mais problemas. Dormem em paz, quando podem, e vão levando a vida como podem.O nível de exigência destas pessoas não lhes possibilita ser grandioso,sobrevivem e isto lhes basta, seus monstros gigantes são reais tanto de dia como à noite.
No livro "O Poder do Agora",o autor Eckhardt Tolle, em um de seus capítulos fala que trazemos o passado e o futuro tão fortemente traçados em nosso Ego que esquecemos de viver o AGORA.Esquecemos que o AGORA é mais importante em nossas vidas porque o passado já foi o AGORA e o futuro só será vivenciado se lá, houver AGORA.Somos de uma geração oriunda de medos,angustias,ansiedades,frustrações e depressões dos quais não nos permitimos relaxar e vivenciarmos o momento que estamos e sermos perceptíveis aos sons,objetos, espaço até mesmo aos batimentos do coração.Remoemos o passado ou estamos,já agora, vivenciando um futuro incerto.
As pessoas necessitadas são humildes de recursos,de espírito são muito fortes porque vivem em plena e total consciência de viver o Agora, na luta incansável da sobrevivência.Não têm tempo de viver do passado e tampouco alimentar-se do futuro porque tudo o que possuem é a intensão de salvarem-se agora das agruras diárias que a vida lhes ofertou.Não são poucas as pessoas deste enorme país que de um dia para o outro perdem.Quando digo perdem não refiro -me apenas aos danos materiais,refiro-me a valores emocionais desestruturadores e degradadores da psique humana.Muitos deles deitam-se com seu marido, esposa, filhos ou parentes e amanhecem sem nada e sem alguém que eles amam. Desnecessário seria enumerar fatos porque todos os dias a mídia nos fornece relatos,lamentavelmente sem trégua, e o que é pior sem as soluções.Resta aos necessitados poucas horas para dormirem e acordarem(se acordarem)na manhã seguinte para cumprir a sua missão :sobreviver e agonizar.São nas pessoas humildes que vivenciamos e observamos a leveza do Ser.
Como não faço parte de nenhuma Academia de Imortais,quando ocorrem as noites assombradas por problemas para serem resolvidos,levanto-me e vou ao computador achar alguém para conversar,jogar ou escrever,enfim,vivenciar o meu Agora.Sonhar com o futuro é desperdício do momento,viver do passado,já foi e mais nada há para solucionar.O que foi bem, ótimo;o que foi mal,não será recuperado.(elpis)
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
Ao tomar uma decisão de menor importância, eu descobri que é sempre vantajoso considerar todos os prós e contras. Em assuntos vitais, no entanto, tais como a escolha de um companheiro ou profissão, a decisão deve vir do inconsciente, de algum lugar dentro de nós. Nas decisões importantes da vida pessoal, devemos ser governados, penso eu, pelas profundas necessidades íntimas da nossa natureza.(Sigmund Freud)
A dançarina que vive em mim !
A dançarina que existe em mim fica escondida. Não muito escondida,só um pouquinho,porque ela está sempre pronta e a qualquer momento, ou seja,a qualquer instante a saltar e começar a rodopiar. Ela vive dentro do caixote chamado EU. Esfuziante e constante adora ouvir um som musical. Simpática e de bom gosto, tenho profundo carinho por ela e a recíproca é verdadeira, porque nunca abandonou-me nos momentos mais difíceis e turbulentos que ela presenciou em mim. Acompanha-me aonde quer que seja. Certa vez, hoje envergonharia-me de permitir, (nem sei se não estou a ofendê-la) em uma viagem que fiz estava no aeroporto com amigas quando ouvimos uma música linda e alta, ela não obedeceu o meu corpo exausto pela espera do embarque, não contendo o ímpeto impiedoso pela exposição pública começou a bailar. Vexada dei-me conta do real preço que estava pagando aos olhares que discretamente foram lançados. Minhas amigas adoraram e riram muito, isso era óbvio éramos jovens e podíamos nos expor sem restrições morais que nos reprovassem a nós próprias. Apesar de tudo seria suposto que no caminho que já foi percorrido ela estivesse cansada e se retirado para repousar, mas não! Observo-a e ainda a carrego. Meu único questionamento é de que ela continua muito, muito jovem e eu menos, entretanto ela exige que eu continue junto a ela. Continuo com o mesmo frescor e juventude que ela nunca perdeu.(elpis)
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
A palavra no momento certo
" Uma grande parte
da infelicidade no mundo tem sido causada por confusão e fracasso de se
dizer a palavra certa no momento certo. Uma palavra que não é proferida
no momento certo é prejudicial, e tem sido sempre assim. Porque é que
uma classe da população deveria ter medo de ser honesta com outra? De
que é que têm medo?"
(Fiodor Dostoievski, in 'Escritos Ocasionais' voa Citador)
Escolha a sua arma.
Tenho memória seletiva, lembro-me muito bem porque escolhi tê-la.
Na minha adolescência vivi em um internato; eram grandes escolas criadas especialmente para que as meninas burguesas, filhas de pais estancieiros ou figuras ilustres do interior, pudessem estudar. Não era o meu caso, porque era pobre, órfã e morava na capital, porém, com amparo de meus pais adotivos que muito se preocupavam com o meu futuro, essa seria a melhor maneira de assegurarem minha educação, o único bem que ia possuir, além de uma pensão deixada por meu pai legítimo.
Apesar da escola transmitir grande instrução e ensinamento, éramos completamente abandonadas emocionalmente. Não estou lamentando, não, porque a escola deu-me o necessário e traçou o caráter que hoje possuo,além de dar-me o essencial para que pudesse trilhar o meu caminho profissional.
Era uma dessas meninas bobonas que fazem e aceitam tudo o que as mais velhas ou mandonas querem. -Ai que não fizesse pra ver! Era agredida covardemente!-
Resolvi achar um recurso para não ser mais apanhada como "judas" nas recreações. Escondia-me na biblioteca para ler. Lia muito, principalmente romances próprios da idade (de Madame Delly). Ficava lá, lendo e sonhando.Era muito bom. A irmã (freira) da biblioteca incentivava as minhas leituras e muitas vezes quando chegavam livros novos ela mandava um bilhetinho com o nome e o autor para que fizesse a retirada. Gostava muito dela era meu anjo da guarda sem saber, nunca eu havia mencionado a ela o motivo das minhas fugidas para a biblioteca.
Consegui escapar das surras por um bom tempo. Tempo suficiente para que a outra freira (irmã Alcina) começasse a ficar preocupada de não participar das recreações. Ela notou... Aí começou o meu calvário. Enquanto uma freira era o meu anjo a outra era o diabo em pessoa. Onde ela estivesse, ouvia-se o sinal para a recreação, lá vinha a irmã diaba querer me retirar da biblioteca. Eu queria entender porque ela era implicante comigo. Enquanto uma me protegia a outra queria me atirar às leoas.
Resolvi adoecer! Toda vez que ela vinha para o meu lado eu vomitava. Toda vez que ela vinha para o meu lado eu tinha dores horríveis de barriga. Toda vez que ela vinha para o meu lado eu tinha dores de estômago ou de cabeça. Assim conseguia ir driblando a irmã diaba. A fuga ,agora, já não era só das meninas mas, também da irmã diaba.
Numa dessas tentativas de fuga ,adoeci de verdade. Fui parar na enfermaria com muita febre, meus dentes afrouxaram e saia muita infecção no espaço entre eles. Até hoje não sei o que tive. Sei que chamaram meus pais para levarem -me ao médico, o caso era para o dentista, lá fui eu para o dentista fazer o tratamento. Estava feliz , não estava na escola. Sentia falta das leituras e da irmã 'anja', só.
Chegou o dia da minha volta, eu novamente iria enfrentar as feras e a irmã diaba. Ninguém sabia porque eu fugia, nunca contei a ninguém. Era meu segredo. Quando retornei à escola irmã diaba estava no interior para os funerais de alguém que nem lembro quem. Assim foi a notícia que me deram e eu esfuziante de alegria pela morte do tal parente, pensei: "Descanso das leoas e da irmã diaba." Fuga para as leituras !
Certa manhã, na hora do café, ouvi uma voz alta e forte, reconheci e novamente, me entristeci. Terminado o café vi aquela figura alta e forte(tudo nela era forte), vindo em minha direção, ordenando que eu ficasse no refeitório porque queria conversar comigo. Eu literalmente urinei nas calças. Ela, sem pena nenhuma por estar molhada, sentou-se ao meu lado com ar maternal, voz suave e disse: "Menina, um dia você vai crescer, vai embora daqui para caminhar só. Poderá ter, ou não, um lugar para se refugiar quando precisar se esconder. Poderá, ter ou não, uma pessoa para estar ao seu lado quando tiver medo. Poderá sonhar, ou não, com suas leituras, mas aconselho que você use suas garras nos momentos difíceis, lute sempre que for necessário, brigue sempre que tiver razão e não dê ouvidos a tudo que lhe digam. Siga com o coração e escolha uma arma para lutar com seus inimigos !" Dito isso entregou-me um papel com essas mesmas palavras escritas para que eu guardasse.
Confesso que vi o diabo transformar-se em anjo, fiquei pasma ! Ela sabia de tudo, ela via tudo, ela sentia tudo. Suas palavras, a minha memória nunca apagou. Levou-me ao banho, troquei minha roupa e fui direto para a aula,dali para a recreação. Resolvi que minha luta começaria,escolhi a minha arma e ,desde então,decidi ouvir só o que queria ouvir. Continuei apanhando, mas agora, reagia também.
Tenho memória seletiva, O seu uso não me faz mal algum, pelo contrário, muitas vezes livra-me de situações embaraçosas, as famosas "saias justas" em que nos metemos, então lanço mão da famosa frase: "Desculpe, tenho memória seletiva, não só para assuntos ruins mas muitas vezes porque os momentos foram muito empolgantes." Tudo fica bem esclarecido.(elpis)
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Insensatez !
"A INSENSATEZ QUE VOCÊ FEZ, CORAÇÃO MAIS SEM CUIDADO…FEZ CHORAR DE DOR,
O SEU AMOR, UM AMOR TÃO DELICADO. AH.. PORQUE VOCÊ FOI FRACO ASSIM,
ASSIM TÃO DESALMADO. AH…MEU CORAÇÃO QUEM NUNCA AMOU, NÃO MERECE SER
AMADO…VAI MEU CORAÇÃO, OUVE A RAZÃO, USA SÓ SINCERIDADE, QUEM SEMEIA
VENTO DIZ A RAZÃO, COLHE SEMPRE TEMPESTADE… VAI MEU CORAÇÃO, PEDE
PERDÃO, PERDÃO APAIXONADO… VAI, PORQUE QUEM NÃO PEDE PERDÃO, NÃO É NUNCA
PERDOADO… "( VINÍCIUS DE MORAES )
Hoje acordei com esta música na cabeça. Ontem adormeci com o meu coração muito doído. Saí de uma reunião e resolvi voltar para casa caminhando, já que gosto de caminhar, o fim da tarde estava lindo e não estava longe de casa. Queria ficar um pouco introspectiva, meus pensamentos tentavam se organizar, tinha passado uma tarde cansativa de trabalho, quando me deparei com um quadro que me impressionou absurdamente. No meio fio da calçada estava sentada uma moça de aspecto miserável com o corpo coberto de curativos, chorava compulsivamente. Prontamente, parei e perguntei-lhe se necessitava de auxílio quando, não sei de onde, surgiu um homem, empurrou-me para roubar-me. Caí com o coração em disparada, no momento, eu só pensava nele e implorava mentalmente, que desacelerasse as suas batidas para eu poder levantar-me. Vi um carro aproximando-se, reagi e joguei-me contra ele. O carro parou e dele desceu um senhor que, imediatamente, veio em meu socorro. Ofereceu-me auxílio, muito preocupado, enquanto eu via a moça e o homem correndo juntos em louca disparada. Meu coração acalmava suas batidas, mas, começou a dizer-me: Fui abusado…Depois de saber do ocorrido e verificar se eu estava bem, meu socorrista ofereceu-se para deixar-me em casa. Minha casa estava próxima, porém, com medo, de ser novamente atacada, aceitei. Durante o trajeto, o gentil senhor, achou minha atitude louvável por ser solícita ao querer socorrer aquela jovem, mas, ingênua. Pensei : "nem sempre grandes mentes pensam igual": eu tive compaixão, a compaixão transcende vidas individuais. Acho impossível não podermos sentir compaixão pelo próximo; que paradoxo; o meu socorrista teve compaixão por mim e veio em meu auxílio…
Coitado do nosso coração… O culpamos de tudo o que nos acontece. Além dele ser o responsável pela nossa vida física, ainda colocamos sobre ele a carga de ser o causador dos reflexos dos nossos sentidos. Se estamos alegres, ele bate eufórico logo providenciamos para que volte a bater normalmente. Se estamos agitados ele bate forte, tentamos logo acalmá-lo, no mínimo fazendo exercícios de relaxamentos, ou tomamos atitudes mais drásticas com comprimidos, loucos de medo de alguma reação nociva ao físico, pressão alta, infarto, AVC entre outras. Se estamos tristonhos e ele bate devagar, choramos e ele que trate de achar meios de voltar ao normal. Ele é acusado de todas as nossas ações e tagarelices mentais que enche a nossa consciência. Se nossas expectativas não dão ou dão certo, amor, desamor, se fomos vulgares, egoístas, incorretos ou corretos, gratos, ingratos, abusivos, abusados, corruptos, se fomos injustiçados, não importa, diariamente o fazemos sofrer e sempre haverá a transferência e responsabilidade para ele. Algumas vezes se queremos aconselhar alguém e dizemos que temos boas intensões e é de todo o coração, esse mesmo alguém poderá nos dizer que " de boas intenções o inferno está cheio". Pronto, chamou o nosso coração de inferno.
Tive somente algumas escoriações e algumas dores pelo corpo, graças a Deus, o carro vinha devagar, estou muitíssimo agradecida ao meu socorrista. Logo que cheguei em casa ele estava novamente batendo compassadamente, porém, doía muito, sentia-se violado, injustiçado, esta é a pior dor.Queria que ele esquecesse de vez, passou, pronto, esta não é a primeira vez que estava sendo magoado, não é a primeira vez que apoderavam-se dele machucando-o e abandonando-o com as suas dores, logo estaria vertendo alegrias e eu estarei nova. Mas, ele precisa enlutar, em qualquer que seja a circunstância ou dano por ele sofrido, em vista disso, continuava pensando se fui ingênua ou não e, definitivamente, encerraria a questão e concordaria com o anjo que me auxiliou. A ferida e a dúvida continuavam se, por ventura, aquela jovem estivesse mesmo necessitando de ajuda, o fato de não prontificar-me a dar-lhe auxílio também não doeria o meu coração? Elaborei em minha mente conflituosa alguns esboços sobre esta situação ou, pelo menos, uma resposta, somos todos semelhantes a instrumentos musicais, perfeitos, quando estamos afinados.
Lancei mão do bom e velho bordão: "O que os olhos não vêem, o coração não sente"… Verdade… pode ficar em paz, meu coração, vou poupá-lo de trazer-lhe sofrimento. Embora eu ame Vinícius de Moraes, hoje vou discordar e fazer uma declaração de amor. Quem pede perdão a você sou eu, meu bom coração, não quero, repentinamente, ser traída por você, porque você é único, sem você eu nada serei, não poderei nunca ser eu e, nem viver sem você ! (elpis-1ª publicação em nov.09)
domingo, 13 de janeiro de 2013
“A
maioria das pessoas não entendem porque eu leio tanto e acham
extremamente desagradável sequer pensar em pegar um livro e lê-lo. Só
que o que elas não conseguem compreender é que eu não leio livros. Eu
vivo nos livros. Eu entro na historia. Em cada livro há uma infinidade
de pessoas diferentes, com vozes e aparências diferentes, que me mostram
um lado da vida que eu desconhecia. Os livros me fazem sonhar, me fazem
chorar, me fazem sorrir, gargalhar, refletir… Sabe quando você assiste
aquele filme espetacular? Com aquele ator lindo? E aquela música
inebriante? É isso que eu sinto quando leio!!! Eu vejo, eu realmente
vejo as cenas, os diálogos, as pessoas, e é tão real, tão real, que
parece fantasia. (...)
Os livros são um lazer pra mim e não uma obrigação. Ler pra mim é sinônimo de sonhar. Sonhe você também. Leia mais!”
— L. Jonck
Entardecer
Eu não gosto do entardecer. É um momento indeciso e fácil de trazer tristeza. Sinto como se o dia tivesse preguiça de terminar e a noite preguiça de começar, e eu, com medo de morrer. No entardecer as nuvens iniciam o embaçamento de tudo que nos rodeia. Não identificamos dia ou noite. É uma hora onde muitos partem e muitos chegam e alguns ficam no meio do caminho. Saíram e ainda não chegaram. Dói muito esse lento instante. Uma névoa desce sobre meus olhos. É como se estivesse atrás de uma cortina sem trilho. Penso que as partidas das minhas raízes devem ter acontecido ao entardecer. Em mim metade do coração bate, enquanto a outra metade fica em silêncio, inerte.
Quando
criança, morava em um enorme prédio, com muitas pessoas e mesmo assim,
depois de um dia tumultuado, eu me calava repentinamente, ficava em
silêncio, com a agonia do lusco-fusco do entardecer. Mesmo quando
chovesse durante o entardecer, sentia-me uma fugitiva da vida e
preparada para uma grande partida, sem saber para onde e nem como. Ah! A
ansiedade do entardecer carrego desde então, aonde quer que eu esteja
uma angústia invade meu peito como se fosse hoje o dia dessa partida,
que prepara as malas desde a minha infância.
Admiro as pessoas que convivem bem com o entardecer, que transitam bem
pelo horário dos meus temores, dos meus sustos e dos meus assombros e
que permeia o meu imaginário há tantos anos.
Sobrevivi todos esses anos procurando forças para vencer o meu
apavorante monstro e tentando trançar o histórico da minha infância,
ligando fios aqui, outros fios ali ,me debruçando sobre o peitoril da
janela do meu caminho chamado jornada ou crescimento. Continua o enigma:
porque tenho tanto pavor de atravessar o entardecer, de pensar que
tenho que vencê-lo toda vez que o dia teima em terminar.
Cotidianamente tento ser generosa comigo e desvio os caminhos dos meus
pensamentos , fazendo de conta que o monstro do entardecer não vai
aparecer, chegando a pensar que é uma loucura longa da minha parte.
Quando anoitece de vez, meu olhar de pavor sossega e torna-se doce, vejo
que consigo encarar o mundo com a normalidade de todo ser humano que
ama viver. Os gritos presos em minha garganta tornam se uma lenta e
linda canção e não mais me aflige o embaçamento do entardecer, até as
próximas vinte e quatro horas.(elpis)
sábado, 12 de janeiro de 2013
Cobranças.
Ela estava sentada com as pernas longas debruçadas sobre as almofadas, olhou-me repentinamente, com um olhar de desespero como que sugerindo que eu a socorresse. Fiquei surpresa quando falou-me:
– O que faço com a raiva?
– Raiva? Raiva de quem ou do quê?
– Raiva nem sei bem do quê, nem se é de alguém. Uma raiva de algo, ou de alguma coisa que oprime o meu peito, acelera o meu coração e dá frios no estômago. Disse e olhou para os vidros da janela que estavam fechados como se quisesse saltar através deles e fosse direto para a rua.
Aquilo serviu como uma isca para apanhar um grande e belo peixe a ser degustado lentamente por horas. Este é um sintoma claro da ansiedade dos adultos e esta menina já estava tornando-se adulta pensei, porém, não verbalizei.
Esta jovem estava prestes a tomar um novo rumo na sua vida, deparando-se com uma variedade de opções que seriam decisivas num futuro próximo e, como se não bastasse, havia ao seu redor os "geradores de ansiedade do futuro", com uma série de cobranças e alertas para que tomasse cuidado nas escolhas. Ela sentia que essas cobranças eram quase que uma ameaça para que não houvesse desapontamento e então suprirem seus egos com a fantasia da ostentação.
O preço que ela estava pagando por tornar-se adulta tem valor muito alto, primeiramente, será obrigada a
aprender a filtrar tudo e todos que estiverem próximos, cerceando-a ofensivamente, prontos a obterem uma resposta de tomada de decisão que os satisfaça, mais por vaidade do que por cuidados. Deverá estar sempre vigilante para que suas emoções não fossem demasiadamente manifestadas e
tudo deverá ser severamente milimetrado para não cair na tentação de errar em excesso, desapontando -se e aos que colocaram expectativas em seus ombros. Se errar será cobrada e por vezes rejeitada como fruta apodrecida retirada do cesto. Os desafios que encontrará
nessa viagem, deverão ser controlados ostensivamente e só a ela
pertencerá o crescimento pessoal. Determinar o momento decisivo será
sabedoria e um ato constante de indagação deixando espaços para
tentativas de auto controle permanente.
Pensei em dizer-lhe que a melhor maneira de pensar e realizar o projeto de seu futuro caminho é não ouvir e não sentir. Criar uma capa protetora para não ser catalisadora das energias negativas e distorcidas carregadas de preconceitos. Ser introspectiva é essencial e o suficiente para não ser captada pelas lentes dos "olheiros" de plantão que a espionavam. A partir do processo de observação interna deverá receber a si própria com amor e ter a postura necessária para encarar os resultados oriundos, incluindo as decisões e os sentimentos, mesmo que difíceis e recebendo todas essas informações com reverência e dignidade. Não senti-me à vontade de falar-lhe dos meus pensamentos, afinal, os que dela esperavam a sua determinante decisão a amavam e por amá-la em demasia exageravam no amparo e na expectativa. Ela olhava-me, com ansiedade, aguardando uma resposta, apenas disse:
– Você não pensou que a raiva, que você diz ter, seja o resultado da soma de todos os atos e reações externas que enviam a você? Sugiro que faça o que aprendi e realizava todas as vezes que sentia sintomas iguais aos seus: escreva uma carta sua para a sua raiva, fale tudo o que sente em relação a ela, desligue-se por algumas horas, após, leia atentamente, depois de lê-la escreva a resposta da sua raiva para si. Você encontrará o que fazer com ela, ou no mínimo, descobrirá como desalojá-la, definitivamente, enquanto você atravessa esse processo.(elpis)
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
Vida e morte ....
(Dedicado ao anjo Paulo Gressana)
Vida, morte e um fio invisível de mistérios indesvendaveis que nos ligam. Acredito na citação atribuída ao grande William Shakespeare: " há mais mistérios entre o céu e a terra do que toda a nossa vã filosofia", aconteceu comigo. Demorei muito a desvendar bem o que havia contido no poema que postarei abaixo. Estava em um período de inconformismo pessoal rumando para uma nova vida separada do meu marido. Mesmo forçando a separação sentia a perda como se tivesse arrancado um membro do meu corpo, afinal foram 24 anos de relacionamento.
Chega, agora, a pior das notícias a perda de meu sobrinho emprestado, mas muito amado por mim. Um anjo,jovem ainda, apenas 24 anos. Ele havia me visitado naquela mesma manhã e por estranho que possa parecer lembro de seu abraço e olhar ao levá-lo até o elevador, foi diferente, pareceu-me mais demorado, de consolo. À noite deitei-me inconformada e com muitos questionamentos. O perdia para a morte em um acidente de automóvel, numa estrada movimentada pelos festejos entre o Natal e o Final do Ano, sem estar alcoolizado. Por quê? Aquele abraço e aquele olhar...foi quando o vi 'literalmente', de pé ao lado da minha cama, o olhei e ele apenas disse-me: IF
Fiquei intrigada e meditativa sobre o significado dessa palavra ditas em inglês,ele era brasileiro. Então, qual o sentido? Fiquei dias e dias intrigada, lembrei-me que conhecia algo que repetidamente citava IF.... Pesquisei e descobri que era um poema. Alguns meses atrás um amigo, justamente às vésperas do Natal, postou este como um dos melhores poemas que já lera :
Vida, morte e um fio invisível de mistérios indesvendaveis que nos ligam. Acredito na citação atribuída ao grande William Shakespeare: " há mais mistérios entre o céu e a terra do que toda a nossa vã filosofia", aconteceu comigo. Demorei muito a desvendar bem o que havia contido no poema que postarei abaixo. Estava em um período de inconformismo pessoal rumando para uma nova vida separada do meu marido. Mesmo forçando a separação sentia a perda como se tivesse arrancado um membro do meu corpo, afinal foram 24 anos de relacionamento.
Chega, agora, a pior das notícias a perda de meu sobrinho emprestado, mas muito amado por mim. Um anjo,jovem ainda, apenas 24 anos. Ele havia me visitado naquela mesma manhã e por estranho que possa parecer lembro de seu abraço e olhar ao levá-lo até o elevador, foi diferente, pareceu-me mais demorado, de consolo. À noite deitei-me inconformada e com muitos questionamentos. O perdia para a morte em um acidente de automóvel, numa estrada movimentada pelos festejos entre o Natal e o Final do Ano, sem estar alcoolizado. Por quê? Aquele abraço e aquele olhar...foi quando o vi 'literalmente', de pé ao lado da minha cama, o olhei e ele apenas disse-me: IF
Fiquei intrigada e meditativa sobre o significado dessa palavra ditas em inglês,ele era brasileiro. Então, qual o sentido? Fiquei dias e dias intrigada, lembrei-me que conhecia algo que repetidamente citava IF.... Pesquisei e descobri que era um poema. Alguns meses atrás um amigo, justamente às vésperas do Natal, postou este como um dos melhores poemas que já lera :
Rudyard
Kipling (criador do menino "Mogli" no livro "The Jungle Book") escreveu
esse poema edificante chamado "If", magistralmente traduzido pelo
"príncipe dos poetas", Guilherme de Almeida!
IF
"Se és capaz de manter tua calma,
quando todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses, no entanto, achar uma desculpa.
Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso.
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.
Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires -,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores -.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo,
conseguires tratar da mesma forma a esses dois impostores.
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
e as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.
Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
e perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida.
De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!
Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.
Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e - o que ainda é muito mais –
és um Homem, meu filho!"
IF
"Se és capaz de manter tua calma,
quando todo mundo ao redor já a perdeu e te culpa.
De crer em ti quando estão todos duvidando,
e para esses, no entanto, achar uma desculpa.
Se és capaz de esperar sem te desesperares,
ou, enganado, não mentir ao mentiroso.
Ou, sendo odiado, sempre ao ódio te esquivares,
e não parecer bom demais, nem pretensioso.
Se és capaz de pensar - sem que a isso só te atires -,
de sonhar - sem fazer dos sonhos teus senhores -.
Se, encontrando a Desgraça e o Triunfo,
conseguires tratar da mesma forma a esses dois impostores.
Se és capaz de sofrer a dor de ver mudadas,
em armadilhas as verdades que disseste
e as coisas, por que deste a vida, estraçalhadas,
e refazê-las com o bem pouco que te reste.
Se és capaz de arriscar numa única parada,
tudo quanto ganhaste em toda a tua vida,
e perder e, ao perder, sem nunca dizer nada,
resignado, tornar ao ponto de partida.
De forçar coração, nervos, músculos, tudo,
a dar seja o que for que neles ainda existe.
E a persistir assim quando, exausto, contudo,
resta a vontade em ti, que ainda te ordena: Persiste!
Se és capaz de, entre a plebe, não te corromperes,
e, entre Reis, não perder a naturalidade.
E de amigos, quer bons, quer maus, te defenderes,
se a todos podes ser de alguma utilidade.
Se és capaz de dar, segundo por segundo,
ao minuto fatal todo valor e brilho.
Tua é a Terra com tudo o que existe no mundo,
e - o que ainda é muito mais –
és um Homem, meu filho!"
quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Quero ser uma ilha !
"Eu
não queria destruir nada, nem ninguém. Só queria sair de fininho pela
porta dos fundos sem causar alvoroço nem consequências." (Comer, Rezar, Amar)
Eu sou uma mulher simples e nunca causei problemas a ninguém,mas não permito que me façam,eu me afasto. Dei sempre a todo mundo o benefício da dúvida,não deveria,mas dei. Hoje gostaria de viver numa ilha. Mudaram-me, sofri uma metamorfose tardia da vida. Desconfio do destino e acredito mais em mim.Já fui uma mulher alegre e sem grandes malícias,agora continuo alegre pela minha natureza de ser, entretanto atenta. Não sirvo o picadeiro de nenhum circo.
Eu sou uma mulher simples e nunca causei problemas a ninguém,mas não permito que me façam,eu me afasto. Dei sempre a todo mundo o benefício da dúvida,não deveria,mas dei. Hoje gostaria de viver numa ilha. Mudaram-me, sofri uma metamorfose tardia da vida. Desconfio do destino e acredito mais em mim.Já fui uma mulher alegre e sem grandes malícias,agora continuo alegre pela minha natureza de ser, entretanto atenta. Não sirvo o picadeiro de nenhum circo.
Se você desconfia que eu desconfio de você, não desconfie, tenha a certeza. Eu tenho a certeza que desconfio de você !
Os meus olhos,os meus sentidos não falham mais,assim como não falham os seus. O caminho é feito de cumplicidade e um mesmo olhar sobre o que buscamos. Trapacear é contra todas as regras de uma mesma convivência. Não é trapaceando ou copiando uma identidade que não é própria que chegamos à conquista honrosa do bem em comum. Palavras devem ser ditas e escritas com emoção, atos devem ser como passos que acompanham essas palavras. Passos aqui, palavras lá são desencontros de si mesmo e não preencherá nenhuma área de nossas vidas. Mesmo que as linhas não sejam retas podemos escrever uma história melhor e mais bela do que ao contrário seria. Não há aqui nenhuma lição. Há apenas uma nova visão e um novo olhar para o mesmo sentimento. O foco das nossas atenções são os mesmos,as visões são diferentes. Quando assim ocorre, melhor cada pessoa usar a bússola que lhe pertence e procurar um novo horizonte para uma nova parceria que nos complete. Seria extremamente, desolador tentarmos continuar com laços frouxos, devorando-nos ferozmente intimamente. Como disse Vergílio Ferreira em Conta Corrente 2 : "Tudo agora me acontece ainda, mas num registro diferente. Não é em si que as verdades envelhecem: é com as rugas que temos no rosto e na alma."(elpis)
Os meus olhos,os meus sentidos não falham mais,assim como não falham os seus. O caminho é feito de cumplicidade e um mesmo olhar sobre o que buscamos. Trapacear é contra todas as regras de uma mesma convivência. Não é trapaceando ou copiando uma identidade que não é própria que chegamos à conquista honrosa do bem em comum. Palavras devem ser ditas e escritas com emoção, atos devem ser como passos que acompanham essas palavras. Passos aqui, palavras lá são desencontros de si mesmo e não preencherá nenhuma área de nossas vidas. Mesmo que as linhas não sejam retas podemos escrever uma história melhor e mais bela do que ao contrário seria. Não há aqui nenhuma lição. Há apenas uma nova visão e um novo olhar para o mesmo sentimento. O foco das nossas atenções são os mesmos,as visões são diferentes. Quando assim ocorre, melhor cada pessoa usar a bússola que lhe pertence e procurar um novo horizonte para uma nova parceria que nos complete. Seria extremamente, desolador tentarmos continuar com laços frouxos, devorando-nos ferozmente intimamente. Como disse Vergílio Ferreira em Conta Corrente 2 : "Tudo agora me acontece ainda, mas num registro diferente. Não é em si que as verdades envelhecem: é com as rugas que temos no rosto e na alma."(elpis)
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
Minha segunda paixão !
Hoje presto as minhas homenagens e o meu carinho especial aos fotógrafos.Fotografia é considerada a minha segunda paixão,ela vem depois das palavras.Embora não tenha o costume de fotografar sou admiradora desde que me conheço como indivíduo.Quando criança pedia para levarem-me até o centro da cidade para lá admirar em praça pública as exposições de fotos jornalísticas.Cresci e sempre que lá havia a exposição,eu estava.As admirava e fazia os meus sentimentos internos falarem dentro de mim,nelas eu colocava palavras.Nada e nem um detalhe era por mim escapado.Hoje não as utilizo, muito, como gatilho para a escrita,mas as uso como complemento das minhas palavras,ainda.Na verdade a questão maior é de que um fotógrafo não necessita das palavras para expressar as suas emoções,ele desperta a sensibilidade das pessoas para usarem as palavras como um "clic" das suas emoções.A imagem é a palavra e a emoção de um fotógrafo.Parabéns a todos e o meu carinho eterno.(elpis)
Retirei o texto e a imagem abaixo de "Imagens Históricas"-via facebook
Foto de prisioneiros sendo liberados de um trem que rumava para o campo de concentração Bergen-Belsen, 1945.
A foto é chocante por si só. Em 1945, um trem, cheio de prisioneiros, rumava para o campo de concentração Bergen-Belsen, quando soldados americanos o pararam e liberaram as pessoas presas.
Na foto, uma prisioneira claramente emocionada corre em direção ao Major Benjamin, autor da foto. Também é possível ver outras pessoas, ao fundo, contemplando o sol, como a moça de braços abertos, felizes pela libertação.
Texto de Talita Lopes Cavalcante
Administração do Imagens Históricas
Foto: Major Clarence L. Benjamin
Retirei o texto e a imagem abaixo de "Imagens Históricas"-via facebook
Foto de prisioneiros sendo liberados de um trem que rumava para o campo de concentração Bergen-Belsen, 1945.
A foto é chocante por si só. Em 1945, um trem, cheio de prisioneiros, rumava para o campo de concentração Bergen-Belsen, quando soldados americanos o pararam e liberaram as pessoas presas.
Na foto, uma prisioneira claramente emocionada corre em direção ao Major Benjamin, autor da foto. Também é possível ver outras pessoas, ao fundo, contemplando o sol, como a moça de braços abertos, felizes pela libertação.
Texto de Talita Lopes Cavalcante
Administração do Imagens Históricas
Foto: Major Clarence L. Benjamin
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Poema Antigo.
"Está tudo planejado:
se amanhã o dia for cinzento,
se houver chuva
se houver vento,
ou se eu estiver cansado
dessa antiga melancolia
cinza fria
sobre as coisas
conhecidas pela casa
a mesa posta
e gasta
está tudo planejado
apago as luzes, no escuro
e abro o gás
de-fi-ni-ti-va-men-te
ou então
visto minhas calças vermelhas
e procuro uma festa
onde possa dançar rock
até cair"
(caio fernando abreu)
se amanhã o dia for cinzento,
se houver chuva
se houver vento,
ou se eu estiver cansado
dessa antiga melancolia
cinza fria
sobre as coisas
conhecidas pela casa
a mesa posta
e gasta
está tudo planejado
apago as luzes, no escuro
e abro o gás
de-fi-ni-ti-va-men-te
ou então
visto minhas calças vermelhas
e procuro uma festa
onde possa dançar rock
até cair"
(caio fernando abreu)
Ter
atitude é agir silenciosamente, com elegância, sem arrogância lançar fora
tudo ou todo que nos incomoda e não suportar pessoas dissimuladas. Evitando-as estaremos protegidos de situações que eventualmente nos envolva emocionalmente. E seria um grave pecado contra nós mesmos amarmos uma fantasia, não é mesmo? Sei disso porque foi dessa água que eu bebi e quase morri. Afinal, são nos momentos que estamos com a alma agitada que as nossas emoções estão mais fragilizadas.(elpis)
domingo, 6 de janeiro de 2013
Busco um amigo.
Busco um amigo…
que me diga sempre a verdade,
que não camufle os seus defeitos e nem os meus,
que não despreze as minhas lágrimas!
Um amigo…
cuja a presença traga alegria,
cujo o silêncio transmita paz,
cuja a escuta inspire confiança,
cujo o sorriso dê esperança,
cuja a lembrança infunda coragem de seguir adiante.
Um amigo e companheiro…
ao qual eu possa dizer : desculpa ! Uma, duas, três vezes…quantas precisar e as aceite.
Um amigo…
que não me seja um mestre, nem discípulo, mas um companheiro com o qual eu possa caminhar
de mãos dadas rumo ao Infinito …
em qualquer estação, em qualquer circunstância, em qualquer momento.
Um amigo…
que conserve a sua intimidade sem esconder o seu pranto.
Um amigo…
que ao amanhecer não me diga "bom dia", mas me abra o seu coração com um amável sorriso!
Um amigo…
que creia no amor e na amizade e viva com audaz conquista de liberdade.
Um amigo…
cuja amizade seja como o óleo doce, suave e perfumado,extraído do fruto amargo de uma árvore espinhosa.
Um amigo…
que não se esconda quando eu precisar e me procure se algo lhe faltar.
Um amigo…
que acredite que o amo verdadeiramente e que o espero para deixá-lo contente.
Um amigo…
que não deixe vazio o espaço conquistado por nós e o encha de calor ao retornar.
Um amigo…
que não queira medir forças para que possamos juntos sonhar e realizar.
Um amigo...
que não se preocupe em dar ou receber, mas seja capaz de compartilhar.
Um amigo…
simples, sincero, natural…capaz de chorar, mas sobretudo sorrir sempre.
Um amigo…
que seja uma centelha da bondade de Deus.(elpis)
que me diga sempre a verdade,
que não camufle os seus defeitos e nem os meus,
que não despreze as minhas lágrimas!
Um amigo…
cuja a presença traga alegria,
cujo o silêncio transmita paz,
cuja a escuta inspire confiança,
cujo o sorriso dê esperança,
cuja a lembrança infunda coragem de seguir adiante.
Um amigo e companheiro…
ao qual eu possa dizer : desculpa ! Uma, duas, três vezes…quantas precisar e as aceite.
Um amigo…
que não me seja um mestre, nem discípulo, mas um companheiro com o qual eu possa caminhar
de mãos dadas rumo ao Infinito …
em qualquer estação, em qualquer circunstância, em qualquer momento.
Um amigo…
que conserve a sua intimidade sem esconder o seu pranto.
Um amigo…
que ao amanhecer não me diga "bom dia", mas me abra o seu coração com um amável sorriso!
Um amigo…
que creia no amor e na amizade e viva com audaz conquista de liberdade.
Um amigo…
cuja amizade seja como o óleo doce, suave e perfumado,extraído do fruto amargo de uma árvore espinhosa.
Um amigo…
que não se esconda quando eu precisar e me procure se algo lhe faltar.
Um amigo…
que acredite que o amo verdadeiramente e que o espero para deixá-lo contente.
Um amigo…
que não deixe vazio o espaço conquistado por nós e o encha de calor ao retornar.
Um amigo…
que não queira medir forças para que possamos juntos sonhar e realizar.
Um amigo...
que não se preocupe em dar ou receber, mas seja capaz de compartilhar.
Um amigo…
simples, sincero, natural…capaz de chorar, mas sobretudo sorrir sempre.
Um amigo…
que seja uma centelha da bondade de Deus.(elpis)
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