domingo, 20 de janeiro de 2013

Há sempre um anjo.

               Se você está achando o título bizarro, não pense assim. O nosso caminho é povoado de anjos, eles entram na nossa vida sem anunciar a sua chegada, quando vão embora, não dão adeus. Nem sempre eles ficam ao nosso lado em tempo integral. Não são aqueles anjos de asinhas branquinhas, não, são de verdade, por isso, algumas vezes quando meditamos sobre a nossa caminhada por aqui os chamamos de anjos. Eu tive muitos! Graças a Deus, os meus anjos não morreram, estão por aí, seguindo suas vidas ou fazendo milagres para outras pessoas. Outro dia encontrei um deles em uma festa que fui, fiquei tão feliz ao vê-lo que parecia que a festa era minha porque ele ou ela (anjos não tem sexo), foi de grande importância para a minha vida. Os meus verdadeiros anjos, talvez não tenham consciência do valor dos presentes que me entregaram, das alegrias que me deram ou do aprendizado que me deixaram, tampouco vou dar-lhes nomes. Hoje resolvi que faria bem homenageá-los até como uma forma espiritual de elevar o meu agradecimento a Deus que sempre foi tão justo e amigo. Não vou citar, em ordem cronológica, suas entradas em minha vida,  porque todos tiveram seu lugar de importância.

         Ultimamente tenho sempre ao meu lado um anjo que fez-me retornar ao caminho que havia perdido. Sou uma daquelas pessoas de mente agitada e que precisa diariamente de alguns pequenos minutos para afastar-se do barulho e voltar-se para dentro, ou seja, eu necessito de algum tempo, pequeno que seja, para meditar e reorganizar os meus pensamentos. Não entendo porque havia abandonado esse hábito, sinto-me novamente revigorada e energizada para atender toda e qualquer demanda, revendo os meus passos com enfoque sempre em um novo prisma, sem achar que a vida é um grande fardo. Voltei ao meu hábito antigo, estou plena e satisfeita novamente e, se tropeçar e cair no poço é um um ótimo sinal, ao levantar-me depararei com a  minha nova alma, tal qual a Fênix. Retornei na hora certa, nas mais recentes viagens que fiz através da minha mente descobri que antes eu não havia descoberto tudo sobre mim, faltavam dois itens importantes e nos dois me aprofundei para medicá-los.

          O primeiro anjo que conheci, era lindo que só vendo, continua muito lindo, eu era criança e ele me protegia nas minhas noites de temores e terrores noturno, poderia até  nomeá-lo, não farei, tenho a certeza que o nosso vínculo é tão forte, que lerá este texto e se identificará.  Era um anjo jovem que me ouvia chorar de medo quase que diariamente e embora nós dois sofrêssemos pelo mesmo motivo ao ponto de não suportarmos tantas desavenças, gritos e algumas vezes sermos acordados com tiros de revólver no ambiente que vivíamos, ele ainda reunia forças para acalmar-me, algumas vezes rezávamos juntos, outras me levava para a sua cama e abraçáva-me para dar-me conforto.

           Alguns meses atrás tive contato com o anjo  'presenteiro' ele deve saber que eu o trago guardado em meu coração e minha estima por ele é verdadeira. Veio, encheu minha casa de presentes que para ele tinham valor íntimo e sentimental e afastou-se. Eu o amo e ele está sempre presente em minhas meditações, não pelos presentes materiais, os quais trato com respeito e carinho como se os presentes ainda fossem dele, mas, pela nossa identificação e postura como vemos e levamos a vida.

            Nem só de harmonia convivo com os meus anjos, o que me refiro agora acompanha meus passos quase que diariamente, porém, quase sempre entramos em discordâncias e atritos, nossas idéias se chocam constantemente. Nos conhecemos há quase quarenta anos e é o meu anjo amigo. Sempre peço a Deus para que esse anjo me perdoe e que eu própria me perdoe quando a intolerância aproxima-se de mim. Esse anjo foi um grande anjo da guarda, fizemos juntos uma grande caminhada e ele andava comigo para cima e para baixo quando eu iniciava a minha carreira profissional. Ele sabe que lhe sou grata por isso, e quer saber: ele é um ser muito mais iluminado do que ele mesmo possa imaginar.

            Quero reverenciar outro grande anjo que tive. Não estamos mais sempre juntos, porém, dele eu jamais irei esquecer e sempre está nas minhas orações. Esse anjo vou chamá-lo de anjo das  boas vindas. Meu anjo de luz jamais se apagará da minha memória enquanto viva eu for, me deu a melhor e maior alegria realizando a minha felicidade para que eu cumprisse o papel de ser mãe deixando-me outro anjo sempre ao meu lado.

            Enfim, todos nós temos anjos ao longo da vida. Alguns deles flutuam, vão, voltam e tornam a flutuar. Um dos meus anjos flutuantes faz-me um bem danado, tem um alto grau de espiritualidade. Sempre que me olha já  sabe o que está acontecendo comigo, posiciona-se elevando os meus sentimentos e pensamentos que por vezes chego a imaginá-lo um bruxo. Temos o mesmo tipo de humor e damos boas risadas, quando estamos juntos, parecemos  crianças achando motivos em quase nada para darmos boas gargalhadas.

             Evidente que muitos outros anjos passaram pela minha vida e ainda passarão, a verdade deve ser clara, não precisamos elevarmo-nos ao céu para encontrá-los, eles estão no nosso meio, entram nas nossas vidas, nos atraem ou somos nós que os  atraímos com os nossos pensamentos. Os anjos não voam, caminham, correm, comem e bebem, sentem dores físicas e emocionais, são humanos. Não precisam morrer para atingirem a capacidade angelical, agem com bondade e sabedoria na hora exata entre os seus semelhantes deixando um lindo brilho de luz naquele que eles ampararam. Quisera eu poder imaginar ou saber que em alguma hora eu também pude ser anjo para alguém. Viram, meus anjos, vocês não sabiam !(elpis)

                                         

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