terça-feira, 9 de abril de 2013


"E a minha alma alegra-se com seu sorriso, um sorriso amplo e humano, como o aplauso de uma multidão" (Fernando Pessoa)


Adoro quem me sorri. O sorriso é imensamente mais apertado e acolhedor que um abraço. O abraço precisa de braços abertos e intimidade, mesmo que superficial. O sorriso é aquecido pela simplicidade da graça e reconhecimento de que somos humanos e de qualquer maneira fraternos. Sorrisos de estranhos é melhor do que o colo de alguém que amamos, é espontâneo e tem efeito bumerangue, não há quem não o devolva. Não devolver um sorriso pode ser um sinal de que nós não nos amamos conforme o outro nos vê. Às vezes, sorrimos a quem não quer nos sorrir, não faz mal, demos o nosso tesouro
Vivemos em sociedade e muitas vezes as circunstâncias exigem "planejamento comportamental", demandando que aprendamos a sorrir para pessoas que não apreciamos. Toda diplomacia é pouca e nossa paciência será posta a prova e, com certeza, recompensada.
Também, costumamos muito confundir atrações instantâneas como recíproca e verdadeira e terminamos vendo em outra pessoa coisas que não são necessariamente reais, entretanto estamos tão desarmados em nosso sorriso que colorimos o outro com mais beleza do que tem, corremos o risco de fecharmos o rosto para aqueles outros que nos sorriem. Sorrir é exercício de aprendizado a longo prazo, causa de fato um efeito de acolhimento radiante a quem recebe e leveza da alma a quem o dá.(elpis)

                                 


                                            

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