sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Amar,sempre !

Então é Natal…. assim inicia a famosa canção e, só porque é Natal todos falam de amor. Que amor é esse que só sobrevive no final do ano? Todos cantam, sorriem e dão as mãos abertas, quando digo abertas digo-as literalmente abertas. Abertas para o comércio de quinquilharias, em compras que serão abertas novamente, ESPECIFICAMENTE, na noite de Natal. Cumprem todas as obrigações com as ditas lembrancinhas para todos indistintamente. Coisa mais aborrecida de fazer é o tal amigo secreto, no trabalho principalmente, termos que oferecer algo concreto que não seja um bom e feliz natal para os colegas que durante o ano, talvez tenha tentado, de uma forma ou de outra, sabotar as nossas tarefas, isso sim é uma” saia justa”.
Então é Natal…. e a canção soa nos nossos ouvidos por quase dois meses….e a mídia envia, dia, noite e madrugadas, mensagens subliminares. Os comerciais agitam até as cabeças mais experientes e maduras rumo ao consumismo. Cuidar-se é pouco nessa época, porque “no mar da ganância, até tubarão pode afogar-se”.

O Homem de Nazaré, assim O chamou o compositor Antonio Marcos, não nos ensinou que devemos dar e receber amor apenas e tão somente na celebração da data do seu nascimento. Meu entendimento com relação ao assunto é mais amplo e sei que muitos concordam comigo e pensarão que o assunto aqui abordado é outro aborrecimento, tal qual pesquisar preços e comprar lembrancinhas. Apesar de, eu insisto em escrever sobre.
No meu entendimento, volto a repetir, o amor deve ser uma atitude contínua no decorrer dos 365 dias do ano. Amar é simples como tomar café quando se está muito cansado, nos anima e estimula para podermos continuar e, se você gosta de café como eu, irá entender-me rapidamente. Todas as vezes que frustrei-me, teimei em sorrir e  pensava em alguém que estivesse em pior situação do que a minha, prontamente meu coração vibrava e enviava mentalmente mensagens de forças para esse alguém, logo sentia-me rejubilada em transmutar a minha dor pela dor do outro.
O ato de amar não se restringe ao núcleo social e familiar ele é incondicionalmente espraiado independente de sexo, religião, raça,cultura, costumes ou qualquer outra opção aqui não especificada. Amar também não necessita doar materialmente.  Podemos  amar telepaticamente sem danos nenhum ao sistema imunológico. Podemos sorrir, o sorriso é uma forma de amor porque contagia alguém que esteja amargurado, ele captará seu sorriso como uma carícia na sua alma e essa fluidez retornará para o seu espírito. Podemos doar espiritual e materialmente, sim, aos asilos, aos necessitados, aos templos, aos mendigos e animais de rua mas, não me venham com atos de amor de um só dia, fico enojada. O amor é algo que permanece, ele é indeterminado de tempo, mesmo quando tivemos alguém especial e o relacionamento terminou, o amor continuou lá, existindo, a espera que uma nova pessoa aparecesse para ele continuar a mover-se mais intensamente, alimentado e nutrido por devaneios e novas visões de futuro. Ele, o amor, estava a espera do novo motivador.
No final do ano de 2008, escrevi um texto em um site desejando a todos os meus amigos Feliz Natal e Ano Novo acompanhado da mesma música desse novo texto. Uma mensagem de retorno surpreendeu-me dizendo: “  amar é fácil conservar o amor é que é difícil”, concordei em termos: amar, apesar de estar na categoria dos verbos, é um estado permanente, o que movimenta-se é a direção e o foco a ser amado. Cito, Caetano Veloso – “Toda forma de amor vale a pena”, com a ressalva de que NUNCA devemos escolher um determinado momento com datas previstas ou hora marcada, ele deve ser uma prática constante ativado com a sinceridade do coração e com desprendimento. Aos que amo e aprecio guardem dentro do peito o meu carinhoso abraço cheio( não de quinquilharias), porém, de presentes tais como mentalizações de muita saúde, paz e felicidades em todos os setores de suas vidas. Continuem amando sempre, a todo o momento e apesar de.(elpis)

                                

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