Então é Natal…. assim inicia a famosa
canção e, só porque é Natal todos falam de amor. Que amor é esse que só
sobrevive no final do ano? Todos cantam, sorriem e dão as mãos
abertas, quando digo abertas digo-as literalmente abertas. Abertas para
o comércio de quinquilharias, em compras que serão abertas novamente,
ESPECIFICAMENTE, na noite de Natal. Cumprem todas as obrigações com as
ditas lembrancinhas para todos indistintamente. Coisa mais aborrecida
de fazer é o tal amigo secreto, no trabalho principalmente, termos que
oferecer algo concreto que não seja um bom e feliz natal para os
colegas que durante o ano, talvez tenha tentado, de uma forma ou de
outra, sabotar as nossas tarefas, isso sim é uma” saia justa”.
Então é Natal…. e a canção soa nos
nossos ouvidos por quase dois meses….e a mídia envia, dia, noite e
madrugadas, mensagens subliminares. Os comerciais agitam até as cabeças
mais experientes e maduras rumo ao consumismo. Cuidar-se é pouco nessa
época, porque “no mar da ganância, até tubarão pode afogar-se”.
O Homem de Nazaré, assim O chamou o
compositor Antonio Marcos, não nos ensinou que devemos dar e receber
amor apenas e tão somente na celebração da data do seu nascimento. Meu
entendimento com relação ao assunto é mais amplo e sei que muitos
concordam comigo e pensarão que o assunto aqui abordado é outro
aborrecimento, tal qual pesquisar preços e comprar lembrancinhas. Apesar
de, eu insisto em escrever sobre.
No meu entendimento, volto a repetir, o
amor deve ser uma atitude contínua no decorrer dos 365 dias do ano.
Amar é simples como tomar café quando se está muito cansado, nos anima e
estimula para podermos continuar e, se você gosta de café como eu, irá
entender-me rapidamente. Todas as vezes que frustrei-me, teimei em
sorrir e pensava em alguém que estivesse em pior situação do que a
minha, prontamente meu coração vibrava e enviava mentalmente mensagens
de forças para esse alguém, logo sentia-me rejubilada em transmutar a
minha dor pela dor do outro.
O ato de amar não se restringe ao núcleo
social e familiar ele é incondicionalmente espraiado independente de
sexo, religião, raça,cultura, costumes ou qualquer outra opção aqui não
especificada. Amar também não necessita doar materialmente. Podemos
amar telepaticamente sem danos nenhum ao sistema imunológico. Podemos
sorrir, o sorriso é uma forma de amor porque contagia alguém que esteja
amargurado, ele captará seu sorriso como uma carícia na sua alma e
essa fluidez retornará para o seu espírito. Podemos doar espiritual e
materialmente, sim, aos asilos, aos necessitados, aos templos, aos
mendigos e animais de rua mas, não me venham com atos de amor de um só
dia, fico enojada. O amor é algo que permanece, ele é indeterminado de
tempo, mesmo quando tivemos alguém especial e o relacionamento
terminou, o amor continuou lá, existindo, a espera que uma nova pessoa
aparecesse para ele continuar a mover-se mais intensamente, alimentado e
nutrido por devaneios e novas visões de futuro. Ele, o amor, estava a
espera do novo motivador.
No final do ano de 2008, escrevi um
texto em um site desejando a todos os meus amigos Feliz Natal e Ano Novo
acompanhado da mesma música desse novo texto. Uma mensagem de retorno
surpreendeu-me dizendo: “ amar é fácil conservar o amor é que é
difícil”, concordei em termos: amar, apesar de estar na categoria dos
verbos, é um estado permanente, o que movimenta-se é a direção e o foco a
ser amado. Cito, Caetano Veloso – “Toda forma de amor vale a pena”, com
a ressalva de que NUNCA devemos escolher um determinado momento com
datas previstas ou hora marcada, ele deve ser uma prática constante
ativado com a sinceridade do coração e com desprendimento. Aos que amo e
aprecio guardem dentro do peito o meu carinhoso abraço cheio( não de
quinquilharias), porém, de presentes tais como mentalizações de muita
saúde, paz e felicidades em todos os setores de suas vidas. Continuem
amando sempre, a todo o momento e apesar de.(elpis)
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