O
meu passado é apenas a trilha que deixei para trás. O que hoje impulsiona
minha vida é a energia que estou a gerar no momento presente.(elpis)
domingo, 30 de dezembro de 2012
sexta-feira, 28 de dezembro de 2012
Não penses
"Não penses. Que
raio de mania essa de estares sempre a querer pensar. Pensar é trocar
uma flor por um silogismo, um vivo por um morto. Pensar é não ver. Olha
apenas, vê. Está um dia enorme de sol. Talvez que de noite, acabou-se,
como diz o filósofo da ave de Minerva. Mas não agora. Há alegria
bastante para se não pensar, que é coisa sempre triste. Olha, escuta.
Nas passagens de nível, havia um aviso de «pare, escute, olhe» com
vistas ao atropelo dos comboios. É o aviso que devia haver nestes dias
magníficos de sol. Olha a luz. Escuta a alegria dos pássaros. Não
penses, que é sacrilégio."
(Vergílio Ferreira, in "Conta-corrente "via Citador)
(Vergílio Ferreira, in "Conta-corrente "via Citador)
Amar,sempre !
Então é Natal…. assim inicia a famosa
canção e, só porque é Natal todos falam de amor. Que amor é esse que só
sobrevive no final do ano? Todos cantam, sorriem e dão as mãos
abertas, quando digo abertas digo-as literalmente abertas. Abertas para
o comércio de quinquilharias, em compras que serão abertas novamente,
ESPECIFICAMENTE, na noite de Natal. Cumprem todas as obrigações com as
ditas lembrancinhas para todos indistintamente. Coisa mais aborrecida
de fazer é o tal amigo secreto, no trabalho principalmente, termos que
oferecer algo concreto que não seja um bom e feliz natal para os
colegas que durante o ano, talvez tenha tentado, de uma forma ou de
outra, sabotar as nossas tarefas, isso sim é uma” saia justa”.
Então é Natal…. e a canção soa nos nossos ouvidos por quase dois meses….e a mídia envia, dia, noite e madrugadas, mensagens subliminares. Os comerciais agitam até as cabeças mais experientes e maduras rumo ao consumismo. Cuidar-se é pouco nessa época, porque “no mar da ganância, até tubarão pode afogar-se”.
O Homem de Nazaré, assim O chamou o compositor Antonio Marcos, não nos ensinou que devemos dar e receber amor apenas e tão somente na celebração da data do seu nascimento. Meu entendimento com relação ao assunto é mais amplo e sei que muitos concordam comigo e pensarão que o assunto aqui abordado é outro aborrecimento, tal qual pesquisar preços e comprar lembrancinhas. Apesar de, eu insisto em escrever sobre.
No meu entendimento, volto a repetir, o amor deve ser uma atitude contínua no decorrer dos 365 dias do ano. Amar é simples como tomar café quando se está muito cansado, nos anima e estimula para podermos continuar e, se você gosta de café como eu, irá entender-me rapidamente. Todas as vezes que frustrei-me, teimei em sorrir e pensava em alguém que estivesse em pior situação do que a minha, prontamente meu coração vibrava e enviava mentalmente mensagens de forças para esse alguém, logo sentia-me rejubilada em transmutar a minha dor pela dor do outro.
O ato de amar não se restringe ao núcleo social e familiar ele é incondicionalmente espraiado independente de sexo, religião, raça,cultura, costumes ou qualquer outra opção aqui não especificada. Amar também não necessita doar materialmente. Podemos amar telepaticamente sem danos nenhum ao sistema imunológico. Podemos sorrir, o sorriso é uma forma de amor porque contagia alguém que esteja amargurado, ele captará seu sorriso como uma carícia na sua alma e essa fluidez retornará para o seu espírito. Podemos doar espiritual e materialmente, sim, aos asilos, aos necessitados, aos templos, aos mendigos e animais de rua mas, não me venham com atos de amor de um só dia, fico enojada. O amor é algo que permanece, ele é indeterminado de tempo, mesmo quando tivemos alguém especial e o relacionamento terminou, o amor continuou lá, existindo, a espera que uma nova pessoa aparecesse para ele continuar a mover-se mais intensamente, alimentado e nutrido por devaneios e novas visões de futuro. Ele, o amor, estava a espera do novo motivador.
No final do ano de 2008, escrevi um texto em um site desejando a todos os meus amigos Feliz Natal e Ano Novo acompanhado da mesma música desse novo texto. Uma mensagem de retorno surpreendeu-me dizendo: “ amar é fácil conservar o amor é que é difícil”, concordei em termos: amar, apesar de estar na categoria dos verbos, é um estado permanente, o que movimenta-se é a direção e o foco a ser amado. Cito, Caetano Veloso – “Toda forma de amor vale a pena”, com a ressalva de que NUNCA devemos escolher um determinado momento com datas previstas ou hora marcada, ele deve ser uma prática constante ativado com a sinceridade do coração e com desprendimento. Aos que amo e aprecio guardem dentro do peito o meu carinhoso abraço cheio( não de quinquilharias), porém, de presentes tais como mentalizações de muita saúde, paz e felicidades em todos os setores de suas vidas. Continuem amando sempre, a todo o momento e apesar de.(elpis)
Então é Natal…. e a canção soa nos nossos ouvidos por quase dois meses….e a mídia envia, dia, noite e madrugadas, mensagens subliminares. Os comerciais agitam até as cabeças mais experientes e maduras rumo ao consumismo. Cuidar-se é pouco nessa época, porque “no mar da ganância, até tubarão pode afogar-se”.
O Homem de Nazaré, assim O chamou o compositor Antonio Marcos, não nos ensinou que devemos dar e receber amor apenas e tão somente na celebração da data do seu nascimento. Meu entendimento com relação ao assunto é mais amplo e sei que muitos concordam comigo e pensarão que o assunto aqui abordado é outro aborrecimento, tal qual pesquisar preços e comprar lembrancinhas. Apesar de, eu insisto em escrever sobre.
No meu entendimento, volto a repetir, o amor deve ser uma atitude contínua no decorrer dos 365 dias do ano. Amar é simples como tomar café quando se está muito cansado, nos anima e estimula para podermos continuar e, se você gosta de café como eu, irá entender-me rapidamente. Todas as vezes que frustrei-me, teimei em sorrir e pensava em alguém que estivesse em pior situação do que a minha, prontamente meu coração vibrava e enviava mentalmente mensagens de forças para esse alguém, logo sentia-me rejubilada em transmutar a minha dor pela dor do outro.
O ato de amar não se restringe ao núcleo social e familiar ele é incondicionalmente espraiado independente de sexo, religião, raça,cultura, costumes ou qualquer outra opção aqui não especificada. Amar também não necessita doar materialmente. Podemos amar telepaticamente sem danos nenhum ao sistema imunológico. Podemos sorrir, o sorriso é uma forma de amor porque contagia alguém que esteja amargurado, ele captará seu sorriso como uma carícia na sua alma e essa fluidez retornará para o seu espírito. Podemos doar espiritual e materialmente, sim, aos asilos, aos necessitados, aos templos, aos mendigos e animais de rua mas, não me venham com atos de amor de um só dia, fico enojada. O amor é algo que permanece, ele é indeterminado de tempo, mesmo quando tivemos alguém especial e o relacionamento terminou, o amor continuou lá, existindo, a espera que uma nova pessoa aparecesse para ele continuar a mover-se mais intensamente, alimentado e nutrido por devaneios e novas visões de futuro. Ele, o amor, estava a espera do novo motivador.
No final do ano de 2008, escrevi um texto em um site desejando a todos os meus amigos Feliz Natal e Ano Novo acompanhado da mesma música desse novo texto. Uma mensagem de retorno surpreendeu-me dizendo: “ amar é fácil conservar o amor é que é difícil”, concordei em termos: amar, apesar de estar na categoria dos verbos, é um estado permanente, o que movimenta-se é a direção e o foco a ser amado. Cito, Caetano Veloso – “Toda forma de amor vale a pena”, com a ressalva de que NUNCA devemos escolher um determinado momento com datas previstas ou hora marcada, ele deve ser uma prática constante ativado com a sinceridade do coração e com desprendimento. Aos que amo e aprecio guardem dentro do peito o meu carinhoso abraço cheio( não de quinquilharias), porém, de presentes tais como mentalizações de muita saúde, paz e felicidades em todos os setores de suas vidas. Continuem amando sempre, a todo o momento e apesar de.(elpis)
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
domingo, 23 de dezembro de 2012
Em tempos de mágoas
Estou em tempos de mágoas !
Secando lágrimas antigas e novas,
marcas antigas que deixei para trás,
máscaras que usei para poder me levar.
Estou em tempos de mágoas,
novas que fizeram e que deixei-me fazer,
sem nunca as poder olhar.
Estou em tempos de mágoas,
lágrimas que não deixam-me descansar,
Por que demonstro alegrias,para não
as enxergar ?
Estou em tempos de mágoas que devo
delas me livrar !
Talvez....quem sabe um dia o Universo,
possa ajudar-me enlutar porque ninguém as
minhas lágrimas secará.
Estou em tempos de mágoas....(elpis)

Secando lágrimas antigas e novas,
marcas antigas que deixei para trás,
máscaras que usei para poder me levar.
Estou em tempos de mágoas,
novas que fizeram e que deixei-me fazer,
sem nunca as poder olhar.
Estou em tempos de mágoas,
lágrimas que não deixam-me descansar,
Por que demonstro alegrias,para não
as enxergar ?
Estou em tempos de mágoas que devo
delas me livrar !
Talvez....quem sabe um dia o Universo,
possa ajudar-me enlutar porque ninguém as
minhas lágrimas secará.
Estou em tempos de mágoas....(elpis)

sábado, 22 de dezembro de 2012
A prática da Paz
Meditação não é arte, não é ciência, não é filosofia, não é religião.
É algo que transcende a tudo isso e pode servir em cada um desses caminhos.
Meditar não é fazer, é ser.
Encontre tempo para ser e tudo o mais lhe será acrescentado.
Meditar é parar para poder prosseguir.
É deixar o que não tem sentido para ganhar sentido no que fica.
Meditação é alinhamento com o próprio centro.
É estar em sintonia consigo mesmo, consigo mesma, sem se distrair do ser.
Meditar é o estado transcendente.
A paz é o fruto do reconhecimento deste estado em si e na mudança compassiva e absoluta com que passamos a enxergar o outro ou a outra.
Meditar é tornar-se inteiro, inteira e reconhecer a inteireza do outro da outra.
Meditação é uma prática pacífica. Instale a paz em si e ela se espalhará por todo o mundo.nada há que esteja fora.
Mudar a si e ao mundo é tornar-se mais consciente.(A PAZ COMO CAMINHO – Dulce Magalhães)
É algo que transcende a tudo isso e pode servir em cada um desses caminhos.
Meditar não é fazer, é ser.
Encontre tempo para ser e tudo o mais lhe será acrescentado.
Meditar é parar para poder prosseguir.
É deixar o que não tem sentido para ganhar sentido no que fica.
Meditação é alinhamento com o próprio centro.
É estar em sintonia consigo mesmo, consigo mesma, sem se distrair do ser.
Meditar é o estado transcendente.
A paz é o fruto do reconhecimento deste estado em si e na mudança compassiva e absoluta com que passamos a enxergar o outro ou a outra.
Meditar é tornar-se inteiro, inteira e reconhecer a inteireza do outro da outra.
Meditação é uma prática pacífica. Instale a paz em si e ela se espalhará por todo o mundo.nada há que esteja fora.
Mudar a si e ao mundo é tornar-se mais consciente.(A PAZ COMO CAMINHO – Dulce Magalhães)
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Há propósitos na vida ?
Nenhum pássaro voa olhando pra suas asas.(Fabrício Carpinejar)
Li essa sentença,para ser sincera,com um certo descaso.A li como às vezes leio mais uma frase de efeito a servir de apoio e auto-ajuda,como mais uma frase clichê.
Antes de adormecer ela continuava martelando minha cabeça como um estribilho de uma música que fica,mesmo não apreciando a música.
Acordei e tudo pareceu-me tão claro na lembrança.Certa vez fui convidada a passar alguns dias no sítio de uma amiga.Precisava descansar e aquietar os meus pensamentos.Encontrar meu prumo.Um sítio lindo como todos os são quando cobertos de verde pela natureza.
Escolhi um recanto que pudesse afastar-me, um pouquinho e todas as tardes, das outras pessoas que lá estavam.O recanto atraiu-me por ter uma linda árvore frondosa com uma bela copa, tão fechado eram os seus ramos que com chuva ou sol abrigava debaixo dela tudo e qualquer coisa ou pessoa para proteger.
Em uma dessas visitas, que ali debaixo fazia minhas meditações, reparei que ela não era tão perfeita assim.Observei um galho lindo,forte pendendo sem folhas.Senti-me tão fortemente atraída por pensar que ele, tão lindo e pertencendo àquela bela árvore estava sendo rejeitado por ela.Minha reflexão aguçou e pensei que ali havia um propósito.Qual seria o propósito daquele galho pendente sem folhas,mas de aspecto tão forte e resistente? Logo a minha imaginação nele colocou um belo balanço.Ele teria um belo destino e faria muitas pessoas felizes quando ali fossem balançar-se. Fui além,isso era o que minha imaginação romanceou,ele poderia ter outro propósito como ser extirpado dali com uma serra elétrica,serviria para acender o fogo de uma lareira,ou mesmo para tornar-se um belo móvel. Nada comentei e com ninguém falei sobre o meu romance entre mim e o galho seco.
Anos mais tarde,fui novamente convidada para nos reunirmos no mesmo sítio e festejarmos o final do ano.Quando lá cheguei meu primeiro olhar foi para o recanto. Lá continuava a bela árvore e nela vi o belo e seco galho com um balanço,nele vi uma criança a brincar.
O meu propósito para ele estava correto ! (elpis)
Li essa sentença,para ser sincera,com um certo descaso.A li como às vezes leio mais uma frase de efeito a servir de apoio e auto-ajuda,como mais uma frase clichê.
Antes de adormecer ela continuava martelando minha cabeça como um estribilho de uma música que fica,mesmo não apreciando a música.
Acordei e tudo pareceu-me tão claro na lembrança.Certa vez fui convidada a passar alguns dias no sítio de uma amiga.Precisava descansar e aquietar os meus pensamentos.Encontrar meu prumo.Um sítio lindo como todos os são quando cobertos de verde pela natureza.
Escolhi um recanto que pudesse afastar-me, um pouquinho e todas as tardes, das outras pessoas que lá estavam.O recanto atraiu-me por ter uma linda árvore frondosa com uma bela copa, tão fechado eram os seus ramos que com chuva ou sol abrigava debaixo dela tudo e qualquer coisa ou pessoa para proteger.
Em uma dessas visitas, que ali debaixo fazia minhas meditações, reparei que ela não era tão perfeita assim.Observei um galho lindo,forte pendendo sem folhas.Senti-me tão fortemente atraída por pensar que ele, tão lindo e pertencendo àquela bela árvore estava sendo rejeitado por ela.Minha reflexão aguçou e pensei que ali havia um propósito.Qual seria o propósito daquele galho pendente sem folhas,mas de aspecto tão forte e resistente? Logo a minha imaginação nele colocou um belo balanço.Ele teria um belo destino e faria muitas pessoas felizes quando ali fossem balançar-se. Fui além,isso era o que minha imaginação romanceou,ele poderia ter outro propósito como ser extirpado dali com uma serra elétrica,serviria para acender o fogo de uma lareira,ou mesmo para tornar-se um belo móvel. Nada comentei e com ninguém falei sobre o meu romance entre mim e o galho seco.
Anos mais tarde,fui novamente convidada para nos reunirmos no mesmo sítio e festejarmos o final do ano.Quando lá cheguei meu primeiro olhar foi para o recanto. Lá continuava a bela árvore e nela vi o belo e seco galho com um balanço,nele vi uma criança a brincar.
O meu propósito para ele estava correto ! (elpis)
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Dança comigo ?
No quinto dia, do quinto mês, do quinto ano do novo milênio, um menino e uma menina, deveriam encontrar-se, acontecesse o que acontecesse, onde estivessem ou como estivessem, casados ou não, o encontro deveria ocorrer. Era o ano de 1963, passariam-se quarenta e dois anos e seria no mesmo lugar, uma escola de dança e etiqueta que ambos frequentavam à época. Ele vai ao encontro, teria que virar à direita, vira à esquerda , sofre um acidente e morre a caminho do hospital. Quem viu o filme "Dança comigo?" lembra-se desta cena inicial.
Este é um bom tema para discorrer sobre a vida e o sentido da vida, entretanto, não pretendo filosofar sobre este assunto, o filme despertou em mim o desejo de divagar sobre a grande sensibilidade que certos homens possuem e que deixa-me extasiada. Não vejo muita utilidade no passado, raramente penso a respeito dele e confesso que poupo -me de pensá-lo ou relembrá-lo, entretanto, certos padrões culturais quando lembrados nos levam à nostalgia. Acredito que entrar num estado de melancolia vaga, por vezes, desperta-nos emocionalmente, este é o enfoque em questão. Minha geração é oriunda de uma sociedade machista, os homens pareciam seres MUITO diferentes das mulheres e isso os obrigava a terem atitudes realmente estóicas. Os da minha infância estavam sempre afastados, em um outro patamar, em gestos, atitudes e emoções. A imagem que eu tinha desses homens era a de que as mulheres sofriam, homens não, e por não sofrerem, não tinham sentimentos. Achava que a sensibilidade pertencia apenas às mulheres e só a elas cabia o direito de chorar e manifestar as suas emoções. Os homens me pareciam extremamente inatingíveis, porque as mulheres dependiam deles para tudo, inclusive tomar decisões. Eles discorriam sobre qualquer assunto e manifestavam as suas opiniões com firmeza, eu achava impressionante como possuiam tanta sabedoria. Manifestações de carinho pertenciam apenas às mulheres para com os seus filhos, mas, as determinações sobre tudo, só aos homens cabiam e deveriam ser acatadas. Suas vozes fortes e altas pareciam abafar as vozes das mulheres. Em certas ocasiões, as mulheres sussurravam ao pé do ouvido para que o "chefe da casa" não escutasse, sinal de que estava ocorrendo algo escondido dele e, se era escondido, era porque ele tinha proibido. Se eles estivessem reunidos conversando, mulheres e crianças não podiam estar. Muitas vezes ouvia um lamento -ah! porque eu não nasci homem-, assim era expresso o desejo de fazer alguma coisa que só aos homens era permitido, por exemplo, ter opinião própria sobre um assunto qualquer. Fui crescendo e mais distante ficava dos homens, já não era criança e as proibições eram muitas e maiores.
Lembro que a única vez que vi meu "pai do coração" fragilizado foi quando recebeu a notícia da morte do meu pai verdadeiro, seu irmão preferido e mais amigo, suicidara-se. Era noite, para mim parecia muito tarde porque crianças iam cedo para a cama, com ou sem sono. Nesse dia fui para a cama sem sono e repentinamente todas as pessoas adultas que ainda estavam acordadas falavam muito alto, foi então que ouvi meu pai do coração chorando no banheiro, escondeu-se como se estivesse cometendo o maior dos pecados. Somente nesse momento percebi o quanto o amava e o quanto ele estava próximo a mim, embora tão distante tivesse estado até então. Apesar de ter ido esconder-se para chorar, demonstrava os seus sentimentos e foi como se eu tivesse aberto um livro e desvendado sua história. Eu chorava pelos dois, perdia um, mas, sentia-me aconchegada ao outro, que no exato momento de perda mostrava-se terno o bastante para provar-me, mesmo escondido, que tinha sensibilidade igual às mulheres. A minha geração deixou em mim uma paixão imensa por homens extremamente sensíveis e que não camuflam seus sentimentos demonstrando explicitamente as suas emoções.
Devo confessar que bem lá no fundo do meu coração eu pressentia que a vida daria uma guinada, para melhor, e quando adulta me equipararia com os homens. Tomaria decisões como os homens da minha infância tomavam, trabalharia como eles trabalhavam, opinaria e discorreria sobre qualquer assunto como eles, supriria as minhas necessidades sem precisar depender dos seus tostões, enfim, seria independente como eles eram e continuaria uma mulher,entretanto forte.
Para quem não viu o filme, lamento contar que ela não compareceu ao encontro. As razões não ficaram esclarecidas, porém, ela sempre guardou a foto dele e o convite em uma caixa.(elpis)
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Mesmo que meu primeiro café pela manhã tenha gosto de vinagre.
Mesmo que ele acorde emburrado.
Mesmo que eu tenha que sair dirigindo na defensiva.
Mesmo que tenha que lidar com a diversidade no meu trabalho.
Mesmo que eu tenha que consolar e abraçar meu filho,
Mesmo que ele acorde emburrado.
Mesmo que eu tenha que sair dirigindo na defensiva.
Mesmo que tenha que lidar com a diversidade no meu trabalho.
Mesmo que eu tenha que consolar e abraçar meu filho,
à noite ainda serei mel no chá de camomila!(elpis)
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
"No
amor, em algum momento, você terá que ser ingênuo e acreditar. Terá que
largar uma vida, refazer sua vida. Terá que abandonar a filosofia
pessimista, a inteligência solteira do botequim e se declarar
apaixonado. Terá que ser incoerente, contradizer fundamentos
inegociáveis.
Terá que rasgar a certidão negativa, a proteção bancária, os manifestos de aversão ao casamento e filhos.
Não dá para ser esperto sempre.
Não dá para ser experiente sempre."
(Fabrício Carpinejar)
domingo, 16 de dezembro de 2012
Quando um homem acha uma mulher interessante ele deve estudá-la. Estudar seus gostos,suas apreciações, aprovações e todos os aspectos que poderiam ver em qualquer encontro casual com qualquer pessoa, apenas com um olhar mais longo e reflexivo porque a vê como especial. Isso feito, passa a admirá-la, ou não, porque tem a obrigação de cumprir essa etapa como se tivesse concluído o curso secundário. Finda essa etapa...
Quando o homem continua a admirar essa mulher e desejando prosseguir deve aprofundar seus conhecimentos sobre a mulher admirada, agora com olhar não só reflexivo como crítico. Encontrará nela suas desaprovações, desgostos, as amarguras, marcas e cicatrizes expostas. Se, ainda assim, continuar não só a admirar, mas a amar essa mesma mulher, então estará pronto para a Graduação Superior e pronto para convidá-la a andar na mesma estrada que a sua.
Com relação à mulher ela será severamente punida, ou não, porque é dotada de sentidos mais apurados que o homem e é ela, a mulher quem escolhe o seu companheiro para a vida !
Não existe uma visão absoluta sobre o amor, há visões diferentes sobre ele. (elpis)
Quando o homem continua a admirar essa mulher e desejando prosseguir deve aprofundar seus conhecimentos sobre a mulher admirada, agora com olhar não só reflexivo como crítico. Encontrará nela suas desaprovações, desgostos, as amarguras, marcas e cicatrizes expostas. Se, ainda assim, continuar não só a admirar, mas a amar essa mesma mulher, então estará pronto para a Graduação Superior e pronto para convidá-la a andar na mesma estrada que a sua.
Com relação à mulher ela será severamente punida, ou não, porque é dotada de sentidos mais apurados que o homem e é ela, a mulher quem escolhe o seu companheiro para a vida !
Não existe uma visão absoluta sobre o amor, há visões diferentes sobre ele. (elpis)
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Antes de te conhecer eu não sabia o que era a alegria de viver
“Minha amada querida, deves banir totalmente da tua mente os pensamentos sombrios que te fazem crer
que me estás a impedir de ganhar a vida. Afinal, tu sabes qual é a
chave da minha vida: que apenas consigo trabalhar quando estimulado por
grandes esperanças de atingir coisas superiores na minha mente. Antes de
te conhecer eu não sabia o que era a alegria de viver, e agora que, em
princípio, és minha, ter-te completamente é o meu único objetivo de
vida. Eu sou muito teimoso, e por outro lado um imprudente que precisa
constantemente de grandes desafios; tenho feito muitas coisas que
qualquer pessoa sensata consideraria serem muito temerárias. Por
exemplo, assumir a ciência sendo eu um homem tão pobre, e logo a seguir
tentar capturar uma pobre mulher como tu – mas este deve continuar a
ser o meu modo de vida – a arriscar muito, com esperanças de chegar a
muito, a trabalhar muito.”(Sigmund Freud)
sábado, 8 de dezembro de 2012
Banalidades (??)
Negar os braços a alguém é negar-lhe o coração. Pode parecer banal,
porém, os braços são mais importantes do que as mãos. As mãos movem-se
somente pelo cérebro, embora seja notóriamente sabido e comprovado
cientificamente que todos os nossos membros do corpo só podem
movimentar-se com o cérebro em perfeita funcionalidade, o que quero
expressar é que as mãos são usadas, mecanicamente e constantemente ,nas
nossas tarefas a cada milionéssimo de segundo.Mãos são importantes
inclusive para as atividades das quais os nossos olhos não consigam
captar as imagens, então tateamos e logo buscamos no escuro o que nos
está fazendo falta..Mãos são usadas para dar, receber e tocar. As mãos
não são só egoístas, elas também servem para acariciar gentilmente,
estendê-las às pessoas como forma educada de atraí-las para perto de nós
com cumprimentos, embora (se você observar ou se já observou bem), hoje
as pessoas ao cumprimentarem alguém que esteja muito próximo não mais
lhes estendem as mãos, dão-lhes uma bochecha de cada lado do rosto com
um leve estalinho dos lábios. As mulheres chegam até a empinar as suas
traseiras, quanto mais longe mais representa o afastamento, o não
envolvimento emocional. Mãos dão e, também, tiram.
Os braços são mais eficientes do que as mãos, são impregnados de razão e emoção. Ousaria dizer que abraços curam as dores do espírito, ilustrando metaforicamente, seria porque o coração mora entre os braços(???). Quando abrimos os braços é porque queremos acolher, colocar algo ou alguém, entre e junto ao nosso corpo. O gesto de abraçar significa muito mais do que simplesmente dar, estamos sinalizando que aquele ou aquilo que abraçamos faz parte de nós, não só pegamos como assumimos a postura responsável e carinhosa de doador e adotador. Seria como receber por inteiro, sem restrições, envolvido de pura alegria. Abrir os braços para alguém e abraçá-la significa dizer: entre, fique a vontade e faça parte da minha alma porque é nela que mora esta verdadeira pessoa, já fazes parte de mim e se um dia fores embora, eu entenderei mas… doerá mesmo assim.
Uma observação : desconfie de quem não lhe abre os braços porque talvez você tenha ficado apenas com a parte "mecânica" e racional da outra pessoa.(elpis)
Os braços são mais eficientes do que as mãos, são impregnados de razão e emoção. Ousaria dizer que abraços curam as dores do espírito, ilustrando metaforicamente, seria porque o coração mora entre os braços(???). Quando abrimos os braços é porque queremos acolher, colocar algo ou alguém, entre e junto ao nosso corpo. O gesto de abraçar significa muito mais do que simplesmente dar, estamos sinalizando que aquele ou aquilo que abraçamos faz parte de nós, não só pegamos como assumimos a postura responsável e carinhosa de doador e adotador. Seria como receber por inteiro, sem restrições, envolvido de pura alegria. Abrir os braços para alguém e abraçá-la significa dizer: entre, fique a vontade e faça parte da minha alma porque é nela que mora esta verdadeira pessoa, já fazes parte de mim e se um dia fores embora, eu entenderei mas… doerá mesmo assim.
Uma observação : desconfie de quem não lhe abre os braços porque talvez você tenha ficado apenas com a parte "mecânica" e racional da outra pessoa.(elpis)
sexta-feira, 7 de dezembro de 2012
Despertar
Sempre fantasiei que ao nascermos trazemos em nossas mãos fechadas um mapa
invisível. Eis porque ,os bebês nascem com as mãozinhas fechadas e bem
apertadinhas dando início a sua caminhada terrena. No decorrer dos dias
as suas mãos se abrem e o mapa some. O mapa, que eu imagino, contém os
detalhes e as marcas da nossa trajetória aqui, em outras palavras, como
queiram alguns, o mapa do nosso destino. Passam os anos e vivemos tudo o
que imaginamos e também o que não imaginamos encontrar ou realizar até
que chega uma determinada época que ousamos parar, e paramos, porque
neste exato momento percebemos que estamos chegando quase lá, de onde
viemos. Termina o tempo das realizações e planejamentos para o futuro.
Aqueles que até nós vieram, ou seja, filhos ou netos, assumem o comando e
a partir dali tudo será uma repetição do que já experimentamos, estão
fazendo o mesmo percurso novo que nós já trilhamos. Inicia o nosso
despertar, agora com o mapa aberto e visível diante dos nossos olhos,
aquele que trouxemos apertadinho nas nossas mãos fechadas. Ficamos
deslumbrados em certos trechos, em outros ,decepcionados. Nele
vislumbramos as mais variadas formas do caminhar, algumas avenidas
lindas e floridas, vielas estreitas e escuras, esquinas que não paramos
para observar os movimentos, ruas que deveríamos ter percorrido e não o
fizemos. Eu sei que sempre mantemos o olhar adiante dos nossos passos,
agora que já fizemos um grande percurso temos o direito de manter o
olhar adiante e algumas vezes pararmos e darmos uma espiada para o que
já realizamos e nos apossarmos do nosso livre -arbítrío ( -eu – e apenas
eu- posso tocar a minha vida para a frente). O meu despertar é simples e
o relato:
Finalmente, saio do casulo. Vejo que está escurecendo e abro a porta do
meu quarto que dá para o prédio em frente. Fico lá, meio na penumbra
procurando ouvir sons e observar. Ouço… No andar térreo uma senhora geme
de dores, eu sei porquê. No andar de cima ouço os latidos de cão e
alguém mandando-o parar quieto. Ui! São tantos sons diferentes que eu
não quero mais ouvir, então paro o olhar mais demoradamente em uma
janela específica, nela alguém está debruçada e cantando uma melodia que
já não ouvia e não lembrava há muito. Gostei e junto em voz baixa
cantarolei com ela. Lembrei de uma prece sufi que retirei do livro “O
ALEPH” de Paulo Coelho :
“Ó, Deus, quando presto atenção nas vozes dos animais, no ruído das
árvores, no murmúrio das águas, no gorjeio dos pássaros, no zunido do
vento ou no estrondo do trovão, percebo neles um testemunho à Tua
unidade; sinto que Tu és o supremo poder, a onisciência, a suprema
justiça.
Ó, Deus reconheço-Te nas provas que estou passando. Permite,ó,Deus,que
Tua satisfação seja a minha satisfação. Que eu seja a Tua alegria,
aquela alegria que um Pai sente por um filho. E que eu me lembre de Ti
com tranquilidade e determinação, mesmo quando for difícil dizer que Te
amo.”
A minha sensação de cansaço e desesperança abandonou-me. Se tivesse
parado antes deste momento da minha vida ,as minhas emoções estariam
imaturas, se escolhesse parar depois, elas estariam apodrecidas. Parei
no momento que deveria parar. Talvez haja outros momentos de paradas e
interrupções, porém agora eu só desejo uma casa com uma grande varanda
voltada para um jardim, muitos livros e de vez em quando um ombro para
repousar a minha cabeça cansada de tanto pensar.(elpis)
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Carta de amor
Eu sabia que seria
apenas depois de te teres ido embora que iria perceber a completa
extensão da minha felicidade e, alas! o grau da minha perda também.
Ainda não a consegui ultrapassar, e se não tivesse à minha frente aquela
caixinha pequena com a tua doce fotografia, pensaria que tudo não teria
passado de um sonho do qual não quereria acordar. Contudo os meus
amigos dizem que é verdade, e eu próprio consigo-me lembrar de detalhes
ainda mais charmosos, ainda mais misteriosamente encantadores do que
qualquer fantasia sonhadora poderia criar. Tem que ser verdade. Martha é
minha, a rapariga doce da qual todos falam com admiração, que apesar de
toda a minha resistência cativou o meu coração logo no primeiro
encontro, a rapariga que eu receava cortejar e que veio para mim com
elevada confiança, que fortaleceu a minha confiança em mim próprio e me
deu esperanças e energia para trabalhar, na altura que eu mais
precisava.
Quando tu voltares, querida rapariga, já terei vencido a timidez e estranheza que até agora me inibiu perante a tua presença. Iremos sentar-nos de novo sozinhos naquele pequeno quarto agradável, vais-te sentar naquela poltrona castanha , eu estarei a teus pés no banquinho redondo, e falaremos do tempo em que não existirá diferença entre noite e dia, onde não existirão intrusos nem despedidas, nem preocupações que nos separem.
A tua amorosa fotografia. No início, quando eu tinha o original à minha frente não pensei nada sobre a mesma; mas agora, quanto mais olho para ela mais esta se assemelha ao objecto amado; espero que o rosto pálido se transforme na cor das nossas rosas, e que os braços delicados se desprendam da superfície e prendam a minha mão; mas a imagem preciosa não se move, parece apenas dizer: «Paciência! Paciência” Eu sou apenas um símbolo, uma sombra no papel; a tua amada irá voltar, e depois podes negligenciar-me de novo».
Eu gostaria imenso de colocar esta fotografia entre os deuses da minha casa que pairam acima da minha secretária, mas embora eu possa mostrar os rostos severos dos homens que reverencio, quero esconder a face delicada da minha amada só para mim. Vai continuar na tua pequena caixinha e eu não me atrevo a confessar a quantidade de vezes, nestas últimas vinte e quatro horas, que tranquei a minha porta para poder tirar a fotografia da caixa e refrescar a minha memória. -(Carta de Sigmund Freud a Martha Bernays, 19 de Junho 1882 (excerto)
Quando tu voltares, querida rapariga, já terei vencido a timidez e estranheza que até agora me inibiu perante a tua presença. Iremos sentar-nos de novo sozinhos naquele pequeno quarto agradável, vais-te sentar naquela poltrona castanha , eu estarei a teus pés no banquinho redondo, e falaremos do tempo em que não existirá diferença entre noite e dia, onde não existirão intrusos nem despedidas, nem preocupações que nos separem.
A tua amorosa fotografia. No início, quando eu tinha o original à minha frente não pensei nada sobre a mesma; mas agora, quanto mais olho para ela mais esta se assemelha ao objecto amado; espero que o rosto pálido se transforme na cor das nossas rosas, e que os braços delicados se desprendam da superfície e prendam a minha mão; mas a imagem preciosa não se move, parece apenas dizer: «Paciência! Paciência” Eu sou apenas um símbolo, uma sombra no papel; a tua amada irá voltar, e depois podes negligenciar-me de novo».
Eu gostaria imenso de colocar esta fotografia entre os deuses da minha casa que pairam acima da minha secretária, mas embora eu possa mostrar os rostos severos dos homens que reverencio, quero esconder a face delicada da minha amada só para mim. Vai continuar na tua pequena caixinha e eu não me atrevo a confessar a quantidade de vezes, nestas últimas vinte e quatro horas, que tranquei a minha porta para poder tirar a fotografia da caixa e refrescar a minha memória. -(Carta de Sigmund Freud a Martha Bernays, 19 de Junho 1882 (excerto)
domingo, 2 de dezembro de 2012
Morre
o amor quando não mais admiramos o outro. Sem a admiração perde-se o
respeito pelo que um dia foi amado, o mau humor instala-se mandando a
alegria embora. No lugar da cumplicidade, confiança e atração haverá
desassossego e sabotagem emocional. É importante admirarmos o que
desejamos junto a nós.A admiração é o principal alicerce do amor.(elpis)
sábado, 1 de dezembro de 2012
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Para você vida !
Encontrei a vida em uma dessas esquinas.
A avenida que eu percorria era perfeita,
nela eu estava só! Despreocupada e despretenciosa.
Plena de alegria eu me olhava através das
vitrines das lojas brilhantes com luz neon coloridas.
Nas luzes eu aparecia linda, jovem, porém sábia do que almejava na avenida encontrar…não tinha medo do escuro, havia luz, muitas luzes acesas e nada no meu caminho, nada ao meu lado…nada na minha frente para atropelar.
Estranho… sempre tive medo do escuro das ruas desertas,mas eu era divertida e dançava deixando a brisa encostar o meu rosto.
Ao parar na esquina vacilei…Olhei para o céu, estava nublado.
Aconteceu o encontro abrupto… a visão realista.
Encontrei a vida…
Primeiro contato de encantamento pessoas muitas
usando palavras bem colocadas…
faladas com graça e escritas com o coração.
Segundo contato o olhar…ah, o olhar desestrutura
quando adentra nossos olhos e penetra a alma!
A caminhada que era tranquila tornou-se
muito agitada para mim… não imaginava quanto agitada seria a vida.
Exigências, muitos empurrões e desencontros…
muitas dúvidas e esforço sobrenatural para a minha sobrevivência.
Decepcionada com os maus tratos que a vida me presenteou,tentei…tentei e não consegui sentir amor por ela.
Ao final…
descaso… fiquei estagnada ! (elpis)
A avenida que eu percorria era perfeita,
nela eu estava só! Despreocupada e despretenciosa.
Plena de alegria eu me olhava através das
vitrines das lojas brilhantes com luz neon coloridas.
Nas luzes eu aparecia linda, jovem, porém sábia do que almejava na avenida encontrar…não tinha medo do escuro, havia luz, muitas luzes acesas e nada no meu caminho, nada ao meu lado…nada na minha frente para atropelar.
Estranho… sempre tive medo do escuro das ruas desertas,mas eu era divertida e dançava deixando a brisa encostar o meu rosto.
Ao parar na esquina vacilei…Olhei para o céu, estava nublado.
Aconteceu o encontro abrupto… a visão realista.
Encontrei a vida…
Primeiro contato de encantamento pessoas muitas
usando palavras bem colocadas…
faladas com graça e escritas com o coração.
Segundo contato o olhar…ah, o olhar desestrutura
quando adentra nossos olhos e penetra a alma!
A caminhada que era tranquila tornou-se
muito agitada para mim… não imaginava quanto agitada seria a vida.
Exigências, muitos empurrões e desencontros…
muitas dúvidas e esforço sobrenatural para a minha sobrevivência.
Decepcionada com os maus tratos que a vida me presenteou,tentei…tentei e não consegui sentir amor por ela.
Ao final…
descaso… fiquei estagnada ! (elpis)
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Última Lembrança.
(Ao meu amado pai )
Descobri que amei-te vivo tão intensamente por curto tempo,
Descobri que amei-te vivo tão intensamente por curto tempo,
Amo-te mais intensamente morto por toda esta vida..
Convivemos tão intensamente por tão curto tempo,
Convivo contigo tão intensamente por toda a minha vida.
Por tão pouco tempo, foste meu pai amoroso,
Por toda minha vida, sou tua filha devota…
Gostavas de cantar, eu…. de dançar !
Não tiveste tempo para mim…
Não quiseste caminhar comigo,
Estavas partido e partindo !
Meu coração não entendeu,
Sofri, ansiei, não chorei,
Silenciei !
Fiz da tua lembrança meu Templo,
Tão perto de mim te sinto e compreendo,
Teu abandono agora entendido,
Faz-me sentir orgulhosa da tua agonia,
Me abandonaste por teres coragem de sentir vergonha !
Só,
Caminhei, caminho…
Voo,
com as tuas asas que me deixaste.
Quando eu me for ao teu encontro,
Num lindo ritual sagrado,
Jogaremos fora as asas que me deste …
terça-feira, 27 de novembro de 2012
“Você
se cansa de amores incompletos, de amores platônicos, de falta de amor,
de excesso disso e daquilo. Se cansa do “apesar de”. Se cansa do rabo
entre as pernas, da sensação de estar sendo prejudicado, se cansa do “a
vida é assim mesmo”. Você se cansa de esperar, de rezar, de aguardar, de
ter esperanças, cansa do frio na barriga, cansa da falta de sono.Você
se cansa da hipocrisia, da falsidade, da ameaça constante, se cansa da
estupidez, da apatia, da angústia, da insatisfação, da injustiça, do
frenezi, da busca impossível e infinita de algo que não sabe o que é. Se
cansa da sensação de não poder parar.”( PC Siqueira)
domingo, 25 de novembro de 2012
sábado, 24 de novembro de 2012
Nenhum desejo nasce no nosso querer, se não está escrito nas estrelas. Se esse desejo é sentido, porque é para ser, essa coisa e/ou esse alguém já existe e está a nossa procura. Não estamos vazios, há algo que nos avisa isso. Quando o indivíduo para de querer pode escrever que não há mais nada para acontecer na sua vida, ele está pleno e desfrutando tudo o que sentiu em si, então é chegada a hora dele desejar mais aos outros. Nos sentindo plenos e feliz poderemos abençoar e pedir ao Universo bênçãos ao nosso próximo.(elpis_/\_)
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
quinta-feira, 22 de novembro de 2012
Onde eu me encontro…
Eu me encontro plena, como verdade e sem fantasias, quando
estou caminhando pelas ruas, sem destino certo e sem limite de tempo,
com os pensamentos soltos, sem ligações e indagações, olhando para o
nada.
Eu me encontro plena com a verdade da vida, quando ouço a chuva, o vento, os raios e os trovões, com o meu pensamento firme que através deles encontro o Criador.
Eu me encontro… ouvindo música ou dançando e chego até a sonhar que estou dançando na chuva, porque no som e nos movimentos do corpo nossas emoções explodem, transmitindo toda a harmonia que existe na alegria do amor e pela vida.
Eu me encontro plena, como mulher que sou, quando olho a fotografia de quem me faz sonhar e nos seus olhos e sorriso encontro o caminho que desejo trilhar.
Eu me encontro viva e cheia de energia, quando encontro o sorriso doce e feliz de uma criança ensaiando as primeiras palavras e os primeiros passos para a vida. Ergo a cabeça e penso : quero caminhar com você !
Eu me encontro satisfeita e em paz, ao olhar meu filho e ver que este homem existe e tem parte de mim na sua formação e caráter e que por ele valeu toda a minha vida de dedicação.
Eu me encontro quando olho a minha cachorrinha e me enterneço pensando que sua estadia nesta vida tem sido resultado da minha atenção diária por ela e que por ela valeu tanto amor.
Eu me encontro quando quero me perder, então, espero o momento de estar só para elevar o meu espírito. Com minutos de meditação, eu me reencontro.
Eu me encontro… observando as minhas poucas folhagens, acompanhando seu crescimento e transformações como resultado de meus cuidados com elas.
Eu me encontro, tendo compaixão pelo próximo, auxiliando-o como posso, porque vejo nele o meu irmão.
Eu me encontro com as palavras que digo aos meus amigos, sempre que delas necessitam ouvir, porque sei que elas brotaram do meu espírito.
Eu me encontro nos sonhos, porque deles dependem as materializações agraciadas pelo Universo.
Eu me encontro na Fé que tenho em Deus, porque todos os meus bens mais preciosos vieram por Suas Mãos.
Eu me encontro sempre… porque graças a Deus tenho amor pela vida e muita alegria em viver.
Eu, apenas, não me encontro…nas grandes mentiras, na tirania, nos embustes, no preconceito, na maldade com os animais, na destruição da natureza e, principalmente, na fraqueza!(elpis)
Eu me encontro plena com a verdade da vida, quando ouço a chuva, o vento, os raios e os trovões, com o meu pensamento firme que através deles encontro o Criador.
Eu me encontro… ouvindo música ou dançando e chego até a sonhar que estou dançando na chuva, porque no som e nos movimentos do corpo nossas emoções explodem, transmitindo toda a harmonia que existe na alegria do amor e pela vida.
Eu me encontro plena, como mulher que sou, quando olho a fotografia de quem me faz sonhar e nos seus olhos e sorriso encontro o caminho que desejo trilhar.
Eu me encontro viva e cheia de energia, quando encontro o sorriso doce e feliz de uma criança ensaiando as primeiras palavras e os primeiros passos para a vida. Ergo a cabeça e penso : quero caminhar com você !
Eu me encontro satisfeita e em paz, ao olhar meu filho e ver que este homem existe e tem parte de mim na sua formação e caráter e que por ele valeu toda a minha vida de dedicação.
Eu me encontro quando olho a minha cachorrinha e me enterneço pensando que sua estadia nesta vida tem sido resultado da minha atenção diária por ela e que por ela valeu tanto amor.
Eu me encontro quando quero me perder, então, espero o momento de estar só para elevar o meu espírito. Com minutos de meditação, eu me reencontro.
Eu me encontro… observando as minhas poucas folhagens, acompanhando seu crescimento e transformações como resultado de meus cuidados com elas.
Eu me encontro, tendo compaixão pelo próximo, auxiliando-o como posso, porque vejo nele o meu irmão.
Eu me encontro com as palavras que digo aos meus amigos, sempre que delas necessitam ouvir, porque sei que elas brotaram do meu espírito.
Eu me encontro nos sonhos, porque deles dependem as materializações agraciadas pelo Universo.
Eu me encontro na Fé que tenho em Deus, porque todos os meus bens mais preciosos vieram por Suas Mãos.
Eu me encontro sempre… porque graças a Deus tenho amor pela vida e muita alegria em viver.
Eu, apenas, não me encontro…nas grandes mentiras, na tirania, nos embustes, no preconceito, na maldade com os animais, na destruição da natureza e, principalmente, na fraqueza!(elpis)
"Eu já abri as portas, agora só vai ficar quem gostou da casa porque é simples e encontrou, por acaso, algum valor no meio da bagunça. Só fica quem gosta do café, das conversas e do pôr-do-sol. Definitivamente, só fica quem quer; quem encontrou e se encontrou. Aqui é bom, há quem concorde. Contudo, sempre tem quem prefira lá fora. Os novos ventos já estão entrando, as cortinas já estão sorrindo. Dessa vez só fica o que for verdadeiro." (Desconheço Autor)
terça-feira, 20 de novembro de 2012
"Tenho
uma coisa apertada aqui no meu peito, um sufoco, uma sede, um peso, não
me venha com essas história de 'atraiçoamos todos os nossos ideais',
nunca tive porra de ideal nenhum, só queria era salvar a minha, veja
só que coisa mais individualista elitista, capitalista, só queria ser
feliz, cara. "(Caio Fernando Abreu)
domingo, 18 de novembro de 2012
sábado, 17 de novembro de 2012
sexta-feira, 16 de novembro de 2012
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
A vida é arteira, nós somos os artistas e o diretor é o Universo. No roteiro há comédia, ficção e drama. Só seremos bem sucedidos se interpretarmos os nossos papéis como um processo de crescimento. A cada intervalo poderemos premiar, a nós mesmos, ou não ! Sempre devemos retornar ao palco não só pela aceitação da plateia, mas pela nossa extrema vontade de prosseguir com o espetáculo.(elpis)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Não
use outra pessoa para preencher o espaço de alguém que esteve no seu
caminho. O maior enganado não será o substituto, será você. O desastre pode
não ser imediato, a longo prazo essa atitude será danosa, você perderá a
referência de si vivendo no presente um passado equivocado.(elpis)
*** "Se o passado não morrer, o futuro não nasce."
*** "Se o passado não morrer, o futuro não nasce."
sexta-feira, 2 de novembro de 2012
"É
uma resposta aos que chamam ao suicídio um fim de covardes e de fracos,
quando são unicamente os fortes que se matam! Sabem lá esses
pseudo-fortes o que é preciso de coragem para friamente, simplesmente,
dizer um adeus à vida, à vida que é um instinto de todos nós, à vida tão
amada e desejada a despeito de tudo, embora esta vida seja apenas um
pântano infecto e imundo!" (Florbela Espanca)
Assinar:
Postagens (Atom)