sábado, 16 de março de 2013

Para amar, basta perdoar-se !

               

     Acordei hoje, abri a janela para olhar o tempo, estava nublado, aqueles dias que a gente se arrepende de ter saído da cama, fiquei melancólica. Não gosto desse tempo, tampouco da melancolia. É muito chato, não sei se é natural as pessoas sentirem-se assim, meu humor segue o tempo meteorológico, quando nublado fico extremamente lenta e reflexiva.

     Resolvi ouvir música para alegrar-me e pensar. Não refleti sobre o que passou, mas, povoei meus pensamentos com pessoas especiais que encontrei no meu caminho. Senti que ao longo do tempo não perdi o melhor que sonhei ao encontrar certas pessoas, pelo contrário, custou-me uma longa jornada para encontrá-los. Percebo que certos acontecimentos ou pessoas não acontecem ou aparecem no tempo que desejamos, ou porque estejamos dessintonizados ou desconectados, ou porque possa existir, realmente, o tempo do Universo. Diferentemente do que imaginava, o presente está recheado de surpresas boas relacionados à prosperidade.
Sempre pensei que gostaria de deixar um belo exemplo de vida, cheio de aventuras e pleno de bons acontecimentos e experiências, não que eu tivesse planejado algo, porém, as coisas foram sucedendo por acaso ou pelos desígnios do espírito. Por ironia do destino, no presente momento vejo-me planejando em investir no viver e conviver bem com o mundo e com todos.
Penso que encontrar alguém especial quando já nos julgamos estagnados e livre dos nossos apegos é surpreendente e um tanto desestruturador. Toda a paz que conquistamos ao longo do tempo, passa a ser dividida porque uma nova alma uniu-se a nossa. A paciência e a tranquilidade que foram adquiridas, certas vezes a um valor muito alto, deve ser retomada imediatamente e a tolerância, então, nem se fala!
Quando nos aparece alguém,repentinamente, surpreendendo-nos,esperando de braços abertos, louco para nos dar um grande abraço, ficamos nocauteados.
A nossa felicidade e alegria não cabem no pequeno espaço que habitamos,voltamos a ter a tentação de querer moldar nosso novo amor aos nossos modos e métodos.

Por vezes olhamos esta nova personagem da nossa história de vida queremos que nos acompanhe, como se estivéssemos vendo o seu nascimento, ou porque ela nos apareceu inesperadamente ou porque nos achamos eficientes em apagar o que foi escrito no passado. Esquecemos que esta pessoa que nos aparece subitamente, traz consigo o mesmo peso da nossa bagagem, ou muito maior. Uma bagagem cheia de vitórias, frustrações, alegrias, tristezas, certezas, incertezas e as suas próprias escolhas. Temos que prestar maior atenção porque,talvez, precisemos ajudar a colocar curativos aonde ainda não foi cicatrizado, contudo, novamente o coração e a emoção quererão comandar a mente em vez de buscar o equilíbrio entre razão, emoção e inteligência. Saber diferenciar aquela história da minha história e lidar com essa diferença é um processo de tolerância e amor
incondicional. Tenho algumas amigas que queixam-se que os relacionamentos não vão adiante porque encontram pessoas intolerantes ou o que eles trazem consigo,é de difícil convívio. Fácil ver que atingimos um novo estágio de vida e não caminhamos sós, trazemos tudo o que encontramos no caminho (além dos filhos) e estamos com sérias intenções que o outro parceiro nos aceite com a carga que trouxemos.Guardamos nossa vivência passada como algo sagrado numa tentativa de que passamos coisas e fatos extremamente valiosos para ser exposto no presente e dividido com a outra pessoa. Procuramos não abrir mão de nosso mundo momentâneo para aquele que de nós se aproxima e exaltamos as nossas experiências como se fosse a liberdade total e a meta para a nossa derradeira retomada de vida, por conseguinte, almejamos continuar sendo amados e encontrar a alma gêmea. Ficamos hipnotizados e arrebatados ao nos depararmos novamente com o amor, só não contamos que nessa hora precisamos de um esforço contínuo para nos mantermos calmos e com o espírito em paz para recebermos esse novo estranho que abruptamente invade a nossa vida e revira todos os nossos guardados colocados em uma pequena prateleira, como um livro de obra clássica. Temos muito a dar e dividir e o ato de dar e dividir é de grande valor,porém um ato de maturidade emocional. Notemos mais os atos amáveis da outra pessoa e menos as suas más ações. Algumas relações frustradas,em parte, são atrapalhadas por dispersões, envolvendo tanto distanciamento quanto a forma de ser muito voltadas para si. Erramos, uma, duas vezes isso deixou impactos negativos do passado, será importante para o novo relacionamento reparar e perdoar-se para dar as boas-vindas ao amor que regressa a nós. Essa reflexão trouxe ao meu espírito um pedido de perdão aos maravilhosos seres que encontrei em um tempo ou lugar errados do meu eixo espiritual.(elpis _/\_ )
 

"Eu existo como sou, isso basta
Se mais ninguém no mundo reparar, eu fico contente,
E se todos e cada um repararem, eu fico contente.

Um mundo repara, e sem dúvida é o maior para mim,
sou eu mesmo.
E se a minha vez chegar hoje ou daqui a dez mil
ou dez milhões de anos,
Posso recebê-la hoje alegremente, ou com a mesma alegria,
posso esperar. "(Dr.Wayne W. Dyer.)

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