Mesmo na quietude repito tantas vezes a minha própria história que quase chego a sentir um gosto amargo na boca. Por repetir as mesmas perguntas que nunca fiz a não ser a mim mesma, a vida tem me embriagado. Pessoalmente acredito que o silêncio sempre é pontual por respeito e receio de ser invasiva à privacidade dos outros, mas esta prática algumas vezes é inócua. Para não constranger a outros, nos prejudicamos. A alma fica vazia aguardando respostas, mas aguardando o quê se nada foi solicitado, nada foi reclamado ou gritado aos quatro ventos ?
Reflito, sem comprometimento algum, que há vários tipos de silêncio : o silêncio atencioso, aquele que apenas ouve para compreender; o silêncio respeitoso, aquele que nada fala para não invadir; o silêncio pretensioso, aquele que despreza uma pergunta para magoar. De todos eles devemos mesclar um pouco nas nossas relações, entretanto de todos ou algum deles devemos obter ao menos, uma só resposta. Caso contrário, nunca houve ou haverá um diálogo verdadeiro, a conexão entre todos estará inconsistente, em nós habitará o vazio e uma ansiedade por respostas que nunca chegará ao fim ou a um recomeço.(elpis)
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