sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O mesmo Filme !

Recebi no final de semana passado uma amiga muito querida. Ficou de minha 'hóspede ', digamos que refugiada aqui em casa. Ela estava precisando de atenção e carinho. Penso ter proporcionado tudo isso a ela. O assunto que quero abordar é exatamente este citado acima - refugiada -  ela refugiou-se porque atravessa alguns momentos de profunda tristeza com o seu esposo. Bem, como isso é de competência de dois e não de três pessoas juntas, a parte que me coube foi ouvi-la, dar-lhe muito carinho e toda a atenção para que ela recuperasse a sua autoestima e, finalmente encontrasse o melhor caminho entre os dois. Ouvi-a falar, chorar e contar de como estava perdida. Num desses momentos de aprofundamento sobre a sua situação, lembrei-me dela citar que sentia-se como uma intrusa na sua própria casa, porque ele estando junto dela reinava um silêncio mortal, daqueles doídos, como aquele mesmo que sentimos quando estamos longe de alguém, sem a mínima expectativa de saber se o veremos novamente. Reclamou que quando ela falava seu semblante era de enfado, e apenas sacudia a cabeça de um lado para o outro, a censurava com expressões, como solicitando para não atrapalhá-lo. Fiz a minha leitura silenciosa sobre isso,pensei, nada falei : Ele realmente foi embora, ele não está mais com ela. Lembrei de ter passado por alguns momentos semelhantes com o homem que eu amava. Lembrei de ficar imensamente magoada e triste porque ouvia dele por várias vezes : 'você é um problema!',ou, 'ah mulheres!'. O pior é que eu não fazia a mínima ideia do porquê, e tudo ficava acontecendo friamente e eu fingindo de contente. Por fim, lembro que foram tantas vezes repetidas e ouvidas por mim que ofendida demais por isso, gritei comigo mesma : Sim eu sou uma mulher e eu nunca quis ser problema, muito menos sou igual a todas as mulheres, não por arrogância, mas porque antes de ser mulher eu sou um indivíduo igual a todos os outros, com alma, coração e mente, e aí estão as diferenças. Finalmente, meu espírito gritava reaja, afinal você deve amar-se e não deixar-se ser igualada. Não abafei mais o meu desconforto, apenas ergui-me com as minhas meditações diárias, coloquei curativos na outra asa que estava ferida e voei livre como voam os pássaros quando iniciam o primeiro voo libertos do ninho. 
Não coube a mim solucionar o relacionamento da minha amiga querida, repito que só a ambos cabe qualquer iniciativa, almejo que seja o melhor a eles dois, todavia o meu final de semana com ela foi gratificante, principalmente para mim. Uma, por ajudar a quem a mim pediu carinho, atenção e amizade, outra foi rever essa parte do filme que já havia visto e que, certamente, certas outras mulheres estejam dele contracenando no momento.(elpis)
                                                                      

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