domingo, 16 de junho de 2013

 De repente, me encontro cantarolando, todos os dias, uma música de linda poesia. Sempre a tive na lembrança como um poema esplêndido escrito por um visionário sobre a natureza e os maus tratos causados pelos homens sem consciência ambiental. Havia esquecido que à época do seu escrito ele fazia referências subliminares com metáforas ao regime imposto aqui, e na esperança de uma transformação lenta e gradual na conjuntura política. Por fim, ainda mais curiosa, fiquei indagando ao Universo: Como pode um poeta conseguir expor em um só poema dois assuntos temáticos tão relevantes? O poeta morreu, plantou a sua obra aqui, mas os temas continuam desafiando e enfrentando os que aqui ficaram.
João Nogueira Ser de Luz, permaneça no Céu vigiando, por misericórdia, sopre suas inspirações aos que aqui ainda estão adormecidos. (elpis)
                     

Forças da Natureza

João Nogueira


Quando o sol
Se derramar em toda a sua essência
Desafiando o poder da ciência
Pra combater o mal
E o mar
Com suas águas bravias
Levar consigo o pó dos nossos dias
Vai ser um bom sinal
Os palácios vão desabar
Sob a força de um temporal
E os ventos vão sufocar
O barulho infernal
Os homens vão se rebelar
Dessa farsa descomunal
Vai voltar tudo ao seu lugar
Afinal
Vai resplandecer
Uma chuva de prata do céu vai descer, lá, lá, iá
O esplendor da mata vai renascer
E o ar de novo vai ser natural
Vai florir
Cada grande cidade o mato vai cobrir, ô, ô
Das ruínas um novo povo vai surgir
E vai cantar afinal
As pragas e as ervas daninhas
As armas e os homens de mal
Vão desaparecer nas cinzas de um carnaval

                                         

 

 


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