Passava alguns dias descansando na fazenda de um sobrinho, tinha por costume sentar no avarandado da casa. Não muito longe avistava a lagoa dos Patos, serena e linda com brilhos azulados pelo reflexo do sol forte da tarde. Observava meu filho com quatro anos de idade brincando com os cães sorrindo com muita alegria, guardei a foto na minha memória. Apenas eu e algumas poucas pessoas próximas conheciam aquele sorriso. Apesar de ter uma mãe sorridente, meu filho desde pequeno era sisudo e de poucos amigos. Seu sorriso era o mais encantador que já vi. Ocorreu-me perguntar a mim mesma : Que mãe serei quando meu filho escolher o seu caminho? Serei a mãe e amiga; apenas mãe; apenas amiga? Sentia-me vazia de respostas, com medo de invadir o seu livre arbítrio em algum ponto da sua caminhada. A criança cresceu, fui mãe presente quando precisei ser, fui amiga quando precisou de atenção, fui fiel ouvinte quando errei, e finalmente sinto-me realizada por ter sido aquela que quis e desejei ser, porque o vejo um homem de bom caráter, determinado que fez o seu caminho, principalmente respeitando os princípios da boa moral consigo e com todos que o rodeiam. Reconheço nele um homem observador e sem muitas criticas com relação aos outros, de poucas palavras, e disso estou orgulhosa. O fato de escrever algo sobre ele foi a surpreendente pergunta que me fez ontem :
- Mãe, existe algo da sua vida que fez e da qual se arrependeu? Fiquei pasma, atordoada, foi uma pergunta inesperada. Minha primeira reação foi devolver a pergunta com outra-' Por que'?- perguntei.
- Por nada, não é o meu caso- disse-me- apenas curiosidade.
Mais uma vez devolvi com a pergunta :
-Curiosidade ?
- Certo vou falar : A tenho observado meio cabisbaixa e quieta, me preocupei, pronto é isso.
Sorri, agradeci e pedi-lhe um tempo para responder, explicando que nunca me ocorrera pensar sobre o assunto.
Pela primeira vez menti ao meu filho, o Universo sabe disso !
Tenho pensado sim, tenho sentido algo no fundo do meu peito, tenho me sentido injustiçada, tola, ingênua e arrependida. Nunca vou contar-lhe a verdade, quem sabe um dia ele leia esse texto, quem sabe .... No momento eu apenas sei que devo manter-me firme e continuar com a minha postura de mulher forte, ele ainda precisa ver-me assim. Depois será depois. Ele não precisa saber por mim que abri portas para as decepções, que me tornei fraca deixando assuntos incompletos para não magoar quem quer que fosse, ou citar quem se utilizou das minhas fraquezas, distanciar a minha guarda e contar-lhe as minhas feridas do coração.
Filho é um ser superior que devemos preservar até que viremos pó. Filho nos é presente do Universo colocado em nossas vidas para que nos esforcemos para os tornar indivíduos do bem. Eles poderão passar pelos mesmos tropeços que passamos, mas eles próprios devem cair, levantar e andar em frente abrindo as sua próprias fronteiras para o seu eixo de equilíbrio. Preocupar meu filho jamais, afinal tudo passa.
No momento, penso que sou uma mulher gratificada, alguém muito especial me observa, inverteram-se os olhares. Nada melhor do que saber ser observada por um filho, homem correto e maduro. Alguém do bem me observa, se observa está junto a mim, não há abandono.
Não vou falar mais no assunto, vou trazer para os meus olhos, novamente, as fotos da minha retina, da alegria e pura felicidade. Ver o meu filho com o sorriso infantil, alegre e correndo sendo observado pela mãe.(elpis)
sábado, 29 de junho de 2013
sexta-feira, 28 de junho de 2013
"É hora de se mover em terrenos inexplorados.
Se você quiser fazer algo que você nunca fez antes, você tem que fazer
algo que você nunca fez antes. Se você quer ir a algum lugar que você
nunca foi antes, você tem que ir a algum lugar que você
nunca foi antes. Você não pode fazer algo de novo, fazendo coisas
velhas. Se você quer que sua vida mude, você tem que mudar a sua vida.
Então vá em frente. É seguro. E também é ... o tempo." (Neale Donald Walsh)
quinta-feira, 27 de junho de 2013
quarta-feira, 26 de junho de 2013
"Ensinarás a voar,
Mas não voarão o teu voo.
Ensinarás a sonhar,
Mas não sonharão o teu sonho
Ensinarás a viver,
Mas não viverão a tua vida.
Ensinarás a cantar,
Mas não cantarão a tua canção.
Ensinarás a pensar,
Mas não pensarão como tu.
Porém saberás que cada vez que voem,
Sonhem, vivam, cantem e pensem
Estará a semente do caminho
Ensinado e aprendido."
(Madre Teresa de Calcutá)
Mas não voarão o teu voo.
Ensinarás a sonhar,
Mas não sonharão o teu sonho
Ensinarás a viver,
Mas não viverão a tua vida.
Ensinarás a cantar,
Mas não cantarão a tua canção.
Ensinarás a pensar,
Mas não pensarão como tu.
Porém saberás que cada vez que voem,
Sonhem, vivam, cantem e pensem
Estará a semente do caminho
Ensinado e aprendido."
(Madre Teresa de Calcutá)
segunda-feira, 24 de junho de 2013
domingo, 23 de junho de 2013
Quando disser a outros que aquele nó na garganta e o peito apertam, vão dizer - Só resolve se esquecer ! É o único remédio para a dor.
Se me perguntar se a dor passa, respondo - Não passa! Isso é um engodo.
Eu já fiz tudo para não doer, continuou doendo,
porque eu faço tudo para poder lembrar.(elpis)
Se me perguntar se a dor passa, respondo - Não passa! Isso é um engodo.
Eu já fiz tudo para não doer, continuou doendo,
porque eu faço tudo para poder lembrar.(elpis)
"Tentando julgar o amor futuro pelo sofrimento passado. O
amor é sempre novo. Não importa que amemos uma, duas, dez vezes na vida -
sempre estamos diante de uma situação que não conhecemos. O amor pode
nos levar ao inferno ou ao paraíso, mas sempre nos leva a algum lugar. É
preciso aceitá-lo, porque ele é o alimento de nossa existência. Se nos
recusamos, morreremos de fome vendo os galhos da árvore da vida
arregados, sem coragem de estender a mão e colher os frutos. É preciso
buscar o amor onde estiver, mesmo que isto signifique horas, dias,
semanas de decepção e tristeza. Porque, no momento em que partirmos em
busca do amor, ele também parte ao nosso encontro. E nos salva."
(Trecho do livro Na Margem do Rio Piedra Eu Sentei e Chorei - Paulo Coelho)sábado, 22 de junho de 2013
Só pode ser feliz simplificando
"Só se pode ser feliz simplificando, simplificando sempre, arrancando, diminuindo, esmagando, reduzindo; e a inteligência cria em volta de nós um mar imenso de ondas, de espumas, de destroços, no meio do qual somos depois o náufrago que se revolta, que se debate em vão, que não quer desaparecer sem estreitar de encontro ao peito qualquer coisa que anda longe: raio de sol em reflexo de estrelas. E todos os astros moram lá no alto."(Florbela Espanca)
sexta-feira, 21 de junho de 2013
"Envelheço
quando me fecho para as novas idéias e me torno radical... Envelheço
quando o novo me assusta e minha mente insiste no comodismo... Envelheço
quando meu pensamento abandona a casa e retorna sem nada... Envelheço
quando me torno impaciente, intransigente e não consigo dialogar...
Envelheço quando penso muito em mim mesmo e me esqueço dos outros...
Envelheço quando penso em ousar mas temo o preço da ousadia... Envelheço
quando permito que o cansaço e o desalento tomem conta da minha alma...
Envelheço quando tenho chance de amar mas vence o medo de arriscar... "
(desconheço o autor)
quinta-feira, 20 de junho de 2013
quarta-feira, 19 de junho de 2013
"Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros, quando escuto uma voz, quando me lembro do passado, eu sinto saudades...
Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...
Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!
Daqueles que não tiveram como me dizer adeus;
Sinto saudades das coisas que vivi e das que deixei passar, sem curtir na totalidade.
Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que... não sei
onde...para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde
perdi..."
(Clarice Lispector)
terça-feira, 18 de junho de 2013
domingo, 16 de junho de 2013
De repente, me encontro cantarolando, todos os dias, uma música de linda poesia. Sempre a tive na lembrança como um poema esplêndido escrito por um visionário sobre a natureza e os maus tratos causados pelos homens sem consciência ambiental. Havia esquecido que à época do seu escrito ele fazia referências subliminares com metáforas ao regime imposto aqui, e na esperança de uma transformação lenta e gradual na conjuntura política. Por fim, ainda mais curiosa, fiquei indagando ao Universo: Como pode um poeta conseguir expor em um só poema dois assuntos temáticos tão relevantes? O poeta morreu, plantou a sua obra aqui, mas os temas continuam desafiando e enfrentando os que aqui ficaram.
João Nogueira Ser de Luz, permaneça no Céu vigiando, por misericórdia, sopre suas inspirações aos que aqui ainda estão adormecidos. (elpis)
João Nogueira Ser de Luz, permaneça no Céu vigiando, por misericórdia, sopre suas inspirações aos que aqui ainda estão adormecidos. (elpis)
Quando o sol
Se derramar em toda a sua essência
Desafiando o poder da ciência
Pra combater o mal
E o mar
Com suas águas bravias
Levar consigo o pó dos nossos dias
Vai ser um bom sinal
Os palácios vão desabar
Sob a força de um temporal
E os ventos vão sufocar
O barulho infernal
Os homens vão se rebelar
Dessa farsa descomunal
Vai voltar tudo ao seu lugar
Afinal
Vai resplandecer
Uma chuva de prata do céu vai descer, lá, lá, iá
O esplendor da mata vai renascer
E o ar de novo vai ser natural
Vai florir
Cada grande cidade o mato vai cobrir, ô, ô
Das ruínas um novo povo vai surgir
E vai cantar afinal
As pragas e as ervas daninhas
As armas e os homens de mal
Vão desaparecer nas cinzas de um carnaval
Se derramar em toda a sua essência
Desafiando o poder da ciência
Pra combater o mal
E o mar
Com suas águas bravias
Levar consigo o pó dos nossos dias
Vai ser um bom sinal
Os palácios vão desabar
Sob a força de um temporal
E os ventos vão sufocar
O barulho infernal
Os homens vão se rebelar
Dessa farsa descomunal
Vai voltar tudo ao seu lugar
Afinal
Vai resplandecer
Uma chuva de prata do céu vai descer, lá, lá, iá
O esplendor da mata vai renascer
E o ar de novo vai ser natural
Vai florir
Cada grande cidade o mato vai cobrir, ô, ô
Das ruínas um novo povo vai surgir
E vai cantar afinal
As pragas e as ervas daninhas
As armas e os homens de mal
Vão desaparecer nas cinzas de um carnaval
Depois que decidi não mais julgar, não aprofundar motivos,
circunstâncias que levaram a deixar-me magoar, fui feliz finalmente. Fui
preenchendo meus espaços com nuvens de apreço àqueles
envolvidos no meu mundo. Julgamentos ao próximo são gotas de veneno que
nos matam aos poucos, e somente a nós ocorre a morte da alegria.
Julgamentos nos atrasam, não prosperamos em nenhum aspecto da
vida. Se fomos magoados é porque nós permitimos atribuir um valor muito
elevado à pessoa em questão; esta agiu com seu livre arbítrio que Deus concede a todos, portanto o julgamento deve vir Dele. (elpis_/\_ )
sábado, 15 de junho de 2013
quarta-feira, 12 de junho de 2013
domingo, 9 de junho de 2013
Eu Queria uma Liberdade Olímpica
"
Acordei hoje com
tal nostalgia de ser feliz. Eu nunca fui livre na minha vida inteira.
Por dentro eu sempre me persegui. Eu me tornei intolerável para mim
mesma. Vivo numa dualidade dilacerante. Eu tenho uma aparente liberdade
mas estou presa dentro de mim. Eu queria uma liberdade olímpica. Mas
essa liberdade só é concedida aos seres imateriais. Enquanto eu tiver
corpo ele me submeterá às suas exigências. Vejo a liberdade como uma
forma de beleza e essa beleza me falta."
(Clarice Lispector)
quinta-feira, 6 de junho de 2013
"Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre.
Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração.
Não me façam ser quem não sou.
Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente.
Não sei amar pela metade.
Não sei viver de mentira.
Não sei voar de pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre."(Clarice Lispector)
Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração.
Não me façam ser quem não sou.
Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente.
Não sei amar pela metade.
Não sei viver de mentira.
Não sei voar de pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre."(Clarice Lispector)
Hoje resolvi dar-me um dia de presente, só para comemorar a minha vida. Desliguei telefones e comunicações com tudo e todos que carregam para fora de mim; nem pedi licença. Acertei as contas comigo. Fiz uma contabilidade pessoal emocional de vida. Coloquei na balança cada passo que dei, quando avancei, recuei ou desisti. Parei quando comecei a pensar nas pessoas que cativei. No quanto elas foram importantes na minha vida. Naquelas que me confiaram tarefas considerando o meu esforço e dedicação profissional. Naquelas que consegui desenvolver potencialidades, e prazer no aprendizado que nos propusemos. Naquelas que trazem sorrisos com ramos das flores que amo para alegrar meu dia. Naquelas que me ligam diariamente só para saber como estou, também naquelas que me esqueceram. Naquelas que solicitam meu tempo e dedicação especial. Naquelas que já me viram chorar e passaram as suas mãos suaves sobre os cabelos. Naquelas que se reclinaram para dar apoio quando caia. Naquelas que me chamam pelo simples fato de me ouvirem gargalhar e festejar o prazer por estarmos unidos. Naquelas que carinhosamente me chamam para trocar a simplicidade de meditar, refletir ou apenas conversar. Naquelas que compartilham comigo as mesmas ideias e ideais. Nas cúmplices na troca de segredos por questões de foro íntimo. Naquelas que dançaram e trocaram comigo canções de amor. Nas que são presentes ainda, ou foram em algum momento, porque esse é o bailado da vida.
Cada uma dessas pessoas contribui para o meu mundo particular com um pedaço delas mesmas. Com elas atravessei abismos, caminhei por grandes pontes, nadei, voei agarrada nas suas asas e até sonhei por elas. Cada uma delas deram um cantinho do seu espírito para eu me abrigar. Cada uma delas me dão as esperanças necessárias para eu continuar.
Senti-me privilegiada pelo Universo e a todas elas sou agradecida; certamente esse foi o encontro destinado a todos nós. (elpis)
quarta-feira, 5 de junho de 2013
"Não me provoque, tenho armas escondidas...
Não me engane, posso não resistir...
Não grite, tenho péssimo hábito de revidar...
Não me magoe, meu coração já tem muitas mágoas...
Não me deixe ir, posso não mais voltar...
Não me deixe só, tenho medo da escuridão...
Não tente me contrariar, tenho palavras que machucam...
Não me decepcione, nem sempre consigo perdoar...
Não espere me perder, para sentir minha falta..."(Clarice Lispector)
Não me engane, posso não resistir...
Não grite, tenho péssimo hábito de revidar...
Não me magoe, meu coração já tem muitas mágoas...
Não me deixe ir, posso não mais voltar...
Não me deixe só, tenho medo da escuridão...
Não tente me contrariar, tenho palavras que machucam...
Não me decepcione, nem sempre consigo perdoar...
Não espere me perder, para sentir minha falta..."(Clarice Lispector)
terça-feira, 4 de junho de 2013
Chega
uma hora que chega ! Levo a vida leve e lavo a minha alma se preciso
aceitar o desconexo, o inexato do exato momento de palpitar e permear os
meus passos para as grandes decisões. Agora para mim, descumprir é o mesmo
que cumprir, focar no verbo conjugado de servir é competência dos que virão ! (elpis)
segunda-feira, 3 de junho de 2013
Amor não é quantidade, é qualidade.
Uma qualidade que deve ser expandida e universal.
Desenvolve quando damos,
morre quando retemos.
Se formos mesquinho em relação ao amor,
ele morre.
Para que ele viva, com toda sabedoria e graça,
sejamos realmente esbanjadores!
Sintamos a beleza da liberdade distribuindo amor sem distinção de sexo, cor, credo, raça, opção ou classe social. (elpis_/\_)
domingo, 2 de junho de 2013
(...)
Sentei-me a uma mesa em que a comida era fina, os vinhos abundantes e o
serviço impecável, mas faltava sinceridade e verdade e fui-me embora do
recinto inóspito, sentindo fome. A hospitalidade era fria como os sorvetes. (Na Natureza Selvagem- Christopher Johnson McCandless, também conhecido como Alexander Supertramp ou Alex Supertramp)
"Preciso
abandonar essa “mania de passado”, retirar os entulhos, deixar a casa
vazia para receber nova mobília,fazer a faxina da mente, da alma, do
corpo e do coração."(Caio Fernando Abreu)
(Foto da casa de Caio Fernando Abreu, aonde viveu seus últimos anos de vida, no Bairro Menino Deus em Porto Alegre/RS/BR)
(Foto da casa de Caio Fernando Abreu, aonde viveu seus últimos anos de vida, no Bairro Menino Deus em Porto Alegre/RS/BR)
"O
meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais; há em
mim uma sede de infinito, uma angústia constante que eu nem mesma
compreendo, pois estou longe de ser uma pessoa; sou antes uma exaltada,
com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente
bem onde está, que tem saudade… sei lá de quê!"(Florbela Espanca)
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