Ontem vi um homem triste. Não era meu avô, pai ou outro homem que possa chamar de meu. Não faz parte do meu convívio familiar, era um irmão como tantos outros que a fraternidade nos presenteia nas esquinas do destino. Vi desabar meu irmão guerreiro forte transformado num menino frágil que pedia ajuda com seu olhar profundamente aniquilado e sem brilho. Vi esse homem perder o brio depois de todas as suas batalhas com os minutos do tempo batendo pesadamente no seu coração cansado, mas que lentamente faria a sua derradeira viagem final. Não queria ter visto a verdade bater na minha alma, e vi uma lágrima lenta nos olhos desse velho homem quando segurou a minha mão, ainda assim, pude senti-lo forte segurando-a.
É triste ver a tristeza abater-se sobre alguém. É cruel enxergar o fim chegando vagarosamente. Resolvi pensar que a tristeza é uma sucessão de trovoadas que precedem uma tormenta, nem sempre é destruição total, depende do sentimento que carregamos no momento. Hoje o meu sentimento já é de carinhosas lembranças e saudades. Eu enfrentarei algumas chuvas, e é de chuva em chuva que nos tornaremos sol, até um novo encontro em outra dimensão.(elpis)
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