segunda-feira, 11 de maio de 2015

“Era um hábito, ajoelhar. Sentei-me. Melhor ajoelhar, pois a pontada aguda nos joelhos era uma distração da terrível quietude. Uma prece. Certo, uma prece: por motivos sentimentais. Deus Todo Poderoso, lamento ser agora um ateu, mas o Senhor leu Nietzsche? Ah, que livro! Deus todo poderoso, vou jogar limpo nessa questão. Vou lhe fazer uma proposta. Faça de mim um grande escritor e eu voltarei à igreja. E lhe peço, caro Deus, mais um favor: faça minha mãe feliz. Não me importo com o Velho, ele tem seu vinho e sua saúde, mas minha mãe se preocupa tanto. 
Amém.”( John Fante - Pergunta ao Pó)
                        

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