quarta-feira, 24 de outubro de 2018

" ...Depois que comecei a cuidar do jardim aprendi tanta coisa, uma delas é que não se deve decretar a morte de um girassol antes do tempo. E que as plantas sentem dor, que nem a gente."(Caio Fernando Abreu - A morte dos Girassóis)

domingo, 21 de outubro de 2018

Amor, nunca mais eu iria amar. Não mais queria querer, ter desvelo e estima por mais alguém que quisesse entrar na quietude da minha vida. 
De repente, e de forma inesperada, já quando estava preparada para desfrutar só da minha compainha, ele chegou. Esse estranho de olhar insinuante de tão distante se fez perto demais, e sempre, sempre cada vez mais se aproximava. Sentia por ele uma grande alegria pela sua chegada, minha alma vibrava e o coração acelerava. Nossas risadas se encontravam, nossos desejos e sonhos eram iguais, nossas vidas estavam vazias e as malas guardadas para não mais viajar em busca de novas aventuras. Pronto! Estava outra vez  apaixonada. Fiz novamente um acerto com o amor e há de ser amor sempre que houver encontro de almas.(elpis)

quarta-feira, 10 de outubro de 2018

Nesse mundo pesado bendiga as pessoas leves. Esteja ao lado delas permitindo-se que desfrutem genuinamente da sua presença e do seu carinho. Toque com respeito o mundo do outro, essa é a unidade pacífica que todos desejamos. No final, tudo o que teremos serão memórias, porque não restará mais nada.(elpis)

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

O apanhador de desperdícios

"Uso a palavra para compor meus silêncios.
 Não gosto das palavras
 fatigadas de informar.
 Dou mais respeito
 às que vivem de barriga no chão
 tipo água pedra sapo.
 Entendo bem o sotaque das águas
 Dou respeito às coisas desimportantes
 e aos seres desimportantes.
 Prezo insetos mais que aviões.
 Prezo a velocidade
 das tartarugas mais que a dos mísseis.
 Tenho em mim um atraso de nascença.
 Eu fui aparelhado
 para gostar de passarinhos.
 Tenho abundância de ser feliz por isso.
 Meu quintal é maior do que o mundo.
 Sou um apanhador de desperdícios:
 Amo os restos
 como as boas moscas.
 Queria que a minha voz tivesse um formato
 de canto.
 Porque eu não sou da informática:
 eu sou da invencionática.
 Só uso a palavra para compor meus silêncios."(Manoel de Barros)